Obras de duas Unidades de Pronto Atendimento na Zona Sul são reiniciadas pela Prefeitura

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Cada UPA terá 20 novos leitos para auxiliar no atendimento da atenção básica e de média complexidade na região Sul. O último boletim divulgado pela Prefeitura, com dados sobre o coronavírus, revelou que a Zona Sul da cidade registrou mais de 1.500 mortes (suspeitas e confirmadas)


A Prefeitura retomou as obras de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), na Zona Sul: em Parelheiros e no Jabaquara, que deveriam ter sido entregues em 2016.

Ambas terão 7 leitos de urgências; salas de ortopedia, raio-x, de gesso, suturas, esterilização/expurgo e triagem; 6 consultórios médicos; 1 consultório odontológico; sala de medicação; 7 poltronas de inalação adulto e 7 infantis; coleta de exames; sala de eletro cardiograma; 2 salas de avaliação; 14 leitos de observação adulto e 4 infantil e 2 salas de isolamento. Além de farmácia e áreas administrativas e de serviço social.

Segundo a gestão municipal, a UPA Parelheiros vai auxiliar no atendimento da atenção básica e de média complexidade na região Sul, sendo “a porta de entrada do Hospital de Parelheiros que fica aqui ao lado”, conforme descreveu o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Já a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jabaquara está sendo construída em um espaço anexo ao Hospital Municipal da região. Para o prefeito Bruno Covas, se essa unidade tivesse sido entregue, a cidade contaria com mais leitos de UTI, beneficiando pacientes da Zona Sul, região que abriga muitas comunidades.

“O Jabaquara é um dos bairros da cidade com maior concentração de comunidades. Aqui na cidade de São Paulo o coronavírus mata 10 vezes mais na periferia por uma série de problemas. O vírus escancara a divergência que nós temos de tratamento entre a população mais rica e a população mais pobre da cidade”, disse o prefeito.

O último boletim divulgado pela Prefeitura, com dados sobre o coronavírus, revelou que a Zona Sul da cidade registrou mais de 1.500 mortes (suspeitas e confirmadas), até o dia 27 de maio. Levando em consideração os 20 distritos mais pobres da cidade, a Zona Sul também registra aumentos expressivos na quantidade de óbitos, entre 17 de abril e 27 de maio: segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as mortes nesse período aumentaram 578% no Jardim Ângela; 454% no Grajaú; 541% em Parelheiros; 393% no Capão Redondo e 391% em Pedreira.

De acordo com o mesmo relatório, em alguns bairros da capital paulista, a grande quantidade de óbitos por Covid-19 está estritamente relacionada a uma grande movimentação de pessoas, o que indica desrespeito às regras de distanciamento social, a medida mais eficaz para evitar o contágio pela doença.

Nesta sexta-feira (5), o Estado de São Paulo registrou a marca de 130.565 casos de pessoas infectadas pelo coronavírus e 8.842 mortes, sendo 281 mortes confirmadas nas últimas 24 horas.

NOVO HOSPITAL NA ZONA SUL

No fim do mês passado, a Prefeitura também anunciou que, ainda em junho, vai abrir um hospital na Zona Sul: com 80 leitos de UTI e 60 de enfermaria, o Hospital Guarapiranga vai ocupar o local do antigo Hospital das Irmãs Hospitaleiras, que teve as atividades encerradas em março de 2017.


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