Prefeitura instala unidade de tratamento para Covid-19 com 70 leitos na Capela do Socorro

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O fluxo de atendimento nesta unidade será equiparado com outro hospital da região Sul: quem sair da UTI no Hospital de Parelheiros é encaminhado para a recuperação na Capela do Socorro e ali, quem precisar de UTI, vai para Parelheiros


A região da Capela do Socorro recebeu mais 70 leitos para pacientes diagnosticados com Covid-19. A nova unidade de tratamento da doença foi instalada anexo ao Hospital Dia, na Rua Cássio de Campos Nogueira, 2.031 – Jardim das Imbuías.

Os leitos serão entregues por etapas: 25 já estão instalados, sendo 20 de enfermaria, para pacientes com baixa complexidade, e cinco de estabilização, com equipamentos de UTI; mais 17 leitos de enfermaria serão instalados na próxima segunda-feira (18) e os outros 28 leitos, também de enfermaria, chegam no dia 31 de maio.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, o fluxo de atendimento nesta unidade será equiparado com outro hospital da região Sul.  “Os pacientes que passarem por leitos de UTI no Hospital de Parelheiros vem para cá no período de recuperação. E aqueles que se agravarem nesta unidade da Capela do Socorro, vão para UTI em Parelheiros”, disse.

De acordo com a Prefeitura, “a nova unidade de internação ocupa uma área de 1.600 metros quadrados e foi adaptada para internação de pacientes de baixa complexidade, possuindo toda a infraestrutura necessária. Todos os quartos são equipados com leitos hospitalares, banheiros acessíveis, gases hospitalares e são totalmente climatizados. A unidade terá um tomógrafo, raio-X e exames bioquímicos”.

O último mapa de óbitos divulgado pela Prefeitura mostra que o extremo Sul da capital tem mais de 120 mortes distribuídas entre Capela do Socorro, Cidade Dutra e Grajaú. Segundo o secretário municipal de Saúde, essa região tem o terceiro maior número de mortes, atrás apenas da Brasilândia e Sapopemba.

Segundo dados de um boletim divulgado pela Prefeitura, nas regiões pobres e afastadas do Centro de São Paulo, o risco de morrer por Covid-19 chega a ser 10 vezes maior do que no centro.

Na semana passada, o Hospital Municipal de Parelheiros registrou mais de 80% de ocupação dos leitos, assim como o Hospital Saboya, no Jabaquara, que ontem (12) parou de receber pacientes porque não há mais vagas na Unidade de Terapia Intensiva.

Para suprir a demanda, a Prefeitura vai alugar leitos de UTI em 11 hospitais privados da cidade: Hospital Oswaldo Cruz, Hospital do Rim, Hospital Santa Cruz, Santa Marcelina, Hospital Leforte, Cruz Vermelha, Hospital Santa Isabel, Hospital São Luiz Gonzaga, Beneficência Portuguesa, Santa Casa de Santo Amaro e Unisa, esses dois últimos localizados na Zona Sul.

“Nós tínhamos na cidade de São Paulo 507 leitos de UTI nos 19 hospitais no começo do ano. Nós já ampliamos em 790 leitos de UTI e vamos chegar em uma ampliação total de 1500 leitos de UTI. A gente espera, com essa parceria com o setor privado, ainda acrescentar mais 800 leitos de UTI na cidade. Todo o esforço que a gente tem feito mais todo o esforço do Governo do Estado é para que a gente não chegue em uma situação que outras cidades muito mais ricas do que São Paulo já chegaram, como ter que escolher quem é atendido e quem não é atendido”, disse o prefeito Bruno Covas.


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