Enquanto na Zona Sul houve queda no número de infectados, nas outras regiões os casos praticamente dobraram. Em SP, 1,64 milhão de pessoas já se infectaram com o vírus e 38% se mostraram assintomáticos (não tiveram sintomas da doença)
A quinta fase do Inquérito Sorológico com Adultos, realizado pela Prefeitura, revelou que subiu de 11% para 13,9% a porcentagem da população paulistana que já teve contato com a Covid-19, ou seja, 1,64 milhão de pessoas. Desse total, 38% se mostraram assintomáticos (não tiveram sintomas da doença).
Pela primeira vez a Zona Sul não é a região com a maior taxa de prevalência, registrando 12,1% dos moradores que já tem anticorpos da doença. Na Fase 0, cerca de 7,5% dos moradores da Zona Sul testaram positivo para o vírus. Na primeira fase foram 11%. Na fase 2, foram 16%. Na Fase 3, cerca de 14,7% e na Fase 4: 14,1%.
Nesta fase 5, a Zona Leste apresentou a maior taxa de prevalência, em toda a cidade, com 19,6% dos moradores que já tiveram contato com o vírus. “Os dados apontam um aumento na prevalência na regiões Leste, Norte e Centro-Oeste, onde os casos praticamente dobraram”, afirma a Prefeitura.
Assim como na fase anterior, a maioria dos infectados tem entre 19 e 34 anos (15%). Além disso, 9,8% nunca estudaram; 16,5% estudaram até o Ensino Médio e 17% estudaram apenas no Ensino Fundamental.
As classes econômicas D e E seguem na liderança dos infectados, com 18,7% das pessoas. E paulistanos pretos e pardos também são maioria: 17,4%. “É uma doença que traz luz à desigualdade social que nós temos na cidade de São Paulo. Então, a prevalência maior nas regiões de menor IDH [Índice de Desenvolvimento Humano], entre a população menos escolarizada, entre pretos e pardos, nas residências com maior quantidade de pessoas. Mas a gente não pode deixar de destacar que neste último inquérito houve um aumento de 53% do número de casos nos distritos de maior IDH e aumento de 100% na região centro-oeste, que é exatamente uma das regiões mais ricas da cidade”, disse o prefeito Bruno Covas.
O home office tem se mostrado assertivo em relação a não contaminação pela Covid-19: o inquérito mostrou que apenas 7,2% das pessoas que estão trabalhando em casa se contaminaram com o vírus, enquanto 18% dos que saem de casa para ir ao trabalho já se infectaram.
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