Prefeitura interdita bares na Zona Sul em primeiro final de semana de reabertura

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No total, 153 bares e restaurantes foram interditados em toda a capital paulista, com multa de R$ 9.380,00. Pelas regras, o setor gastronômico só pode funcionar por seis horas diárias, até às 17h, e ter ocupação de 40% da capacidade máxima do estabelecimento para evitar aglomeração e proliferação da Covid-19


No primeiro final de semana de reabertura dos bares e restaurantes, mais de 100 locais foram interditados por desrespeitarem as regras estabelecidas pela Prefeitura de São Paulo. De acordo com a gestão municipal, o valor da multa é de R$ 9.380,00 para cada um dos estabelecimentos. 

“Os locais deverão utilizar até 40% de sua ocupação interna, encerrar as atividades às 17h e proibir a consumação nas calçadas. As operações contam com apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e Polícia Militar (PM). Os locais que descumprem o exposto nos decretos estão sujeitos à interdição imediata de suas atividades e, em caso de resistência, cassação do alvará de funcionamento ou TPU/Autorização Temporária”, informou a Prefeitura.

Na sexta-feira (10), segundo a Prefeitura, aconteceram 16 interdições em bares na Zona Leste. No último sábado (11), foram 91 interdições em bares, sendo 8 no distrito da Cidade Ademar, na Zona Sul. No domingo (12), dois comércios da Capela do Socorro foram fiscalizados e interditados.

Atendente do bar sem máscara em São Paulo

Desde março, quando foram iniciadas as restrições para que o comércio evite aglomerações, 798 estabelecimentos comerciais foram lacrados. Deste total, 390 fazem parte do setor gastronômico, como bares, restaurantes, lanchonetes e cafeterias.

Pelas regras, o setor gastronômico só pode funcionar por seis horas diárias, até às 17h, e ter ocupação de 40% da capacidade máxima do estabelecimento. Além disso, a máscara é um item obrigatório em todos os ambientes, álcool gel deve estar disponível, é preciso aferir a temperatura dos clientes na entrada e as mesas devem estar posicionadas com 2 metros de distância, pelo menos.

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 59% dos comerciantes do setor não pretendem reabrir por enquanto por causa das atuais regras e por terem preocupação com a contaminação de clientes e funcionários.

Na região do Brooklin, Zona Sul da capital paulista, essa tendência é seguida: de acordo com uma pesquisa feita pela Inova Berrini (portal de comunicação local de empresas, comércios e moradores), que entrevistou 24 donos de restaurantes, bares, lanchonetes e padarias, 17% preferem permanecer fechados para atendimento presencial. Por outro lado, 67% tinham intenções de reabrir.

A pesquisa da Inova Berrini também mostrou que 25% dos empresários demitiram mais da metade do quadro de funcionários e 25% demitiram menos da metade. Os outros 50% conseguiram manter todos os colaboradores, mesmo com a diminuição da receita.

“As decisões tomadas para suportar tanto tempo fechado passaram pela renegociação de aluguel para 68% dos entrevistados, sendo que a maioria conseguiu até 50% de desconto. Do total de restaurantes consultados, apenas quatro restaurantes recorreram aos benefícios da Medida Provisória 944/2020 – Programa Emergencial de Suporte a Empregos, para financiar a folha de pagamento. A maioria investiu no delivery para compensar as perdas na receita. Três entrevistados resolveram permanecer fechados durante a pandemia para evitar despesas maiores”, explica a Inova Berrini.


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