Bares e restaurantes poderão reabrir as portas a partir da semana que vem com 6 horas diárias de funcionamento e ocupação de 40% da capacidade máxima do estabelecimento. No Brooklin, pesquisa revela que 17% dos comerciantes preferem permanecer fechados para atendimento presencial
Está previsto para amanhã (4) a assinatura dos protocolos de higiene que bares e restaurantes devem adotar para reabrir as portas ao público a partir da próxima segunda-feira (6). Já se sabe que, assim como outros setores, haverá restrições de público e horário:
• funcionamento de seis horas diárias, até às 17h;
• ocupação de 40% da capacidade máxima do estabelecimento;
O Centro de Contingência do próprio Governo vetou a abertura de bares e restaurantes durante a noite para evitar aglomeração. “A saída a noite gera mais aglomeração e também reduz o cuidado da população com relação aos cuidados de higiene, principalmente o uso de máscara, que tem protegido tanto e contido a pandemia”, explicou a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patrícia Ellen.
Apesar da Prefeitura indicar que os bares e restaurantes podem receber clientes no espaço interno, com distância de 1,5 metro entre as mesas, o Plano São Paulo do Governo do Estado prevê que os clientes sejam atendidos apenas na área externa. Se esses estabelecimentos possuírem um espaço arejado, então o atendimento interno está liberado.
Por causa da crise econômica gerada pelo coronavírus, cerca de um milhão de trabalhadores formais (com carteira assinada) do setor de comércio e serviços, mais especificamente da área de bares e restaurantes, perderam o emprego entre março e a primeira quinzena de maio, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Na região do Brooklin, Zona Sul da capital paulista, não foi diferente. De acordo com uma pesquisa feita pela Inova Berrini (portal de comunicação local de empresas, comércios e moradores), que entrevistou 24 donos de restaurantes/bares/lanchonetes/padarias, 25% deles demitiram mais da metade do quadro de funcionários e 25% demitiram menos da metade. Os outros 50% conseguiram manter todos os colaboradores, mesmo com a diminuição da receita.
“As decisões tomadas para suportar tanto tempo fechado passaram pela renegociação de aluguel para 68% dos entrevistados, sendo que a maioria conseguiu até 50% de desconto. Do total de restaurantes consultados, apenas quatro restaurantes recorreram aos benefícios da Medida Provisória 944/2020 – Programa Emergencial de Suporte a Empregos, para financiar a folha de pagamento. A maioria investiu no delivery para compensar as perdas na receita. Três entrevistados resolveram permanecer fechados durante a pandemia para evitar despesas maiores”, explica a Inova Berrini.
Do total de entrevistados, 67% pretendem reabrir a partir da semana que vem, 17% preferem permanecer fechados para atendimento presencial e 8% fecharam as portas em definitivo.
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