Os PMs atuavam no 22° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, no Jardim Marajoara, e foram denunciados por favorecer a organização criminosa permitindo tráfico de drogas na região
Um ano após a descoberta do envolvimento de policiais militares da Zona Sul com o PCC, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, a Justiça Militar condenou 42 PMs por extorsão praticada por agente público, organização criminosa, corrupção passiva, associação para o tráfico de drogas e falsidade ideológica.
Os PMs receberam penas de 5 a 83 anos de prisão e atuavam no 22° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (Jardim Marajoara), responsável pela 1° Cia PM (Vila Emir), 2° CIA PM (Jardim Miriam), 3° CIA PM (Cidade Ademar), 4° CIA PM (Vila Joaniza) e Força Tática (Campo Grande).
No total, 53 PMs foram presos em dezembro de 2018, mas 11 foram inocentados. Mais de 82 mil ligações telefônicas interceptadas foram utilizadas na investigação da Operação Ubirajara, como foi intitulada.
A época das prisões, o Ministério Público alegou que “os policiais denunciados praticavam delitos para favorecer a organização criminosa […] permitindo a realização de tráfico de drogas no território abrangido por aquele batalhão. Os agentes de segurança passaram a integrar o PCC, praticando diversos ilícitos, como concussão, corrupção passiva, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional, além do crime de associação ao tráfico de drogas”.
Segundo a denúncia da Justiça Militar, os policiais informaram a facção os dias em que a Polícia faria ações na região. “O papel dos policiais militares dentro da organização criminosa também era claro, não reprimir a prática do delito de tráfico, bem como facilitá-lo, não passando de viatura policial próximo aos pontos de venda, informando acerca de alguma operação policial pelo local e até mesmo alterando a verdade em documentos públicos para que não ocorresse apreensão de droga ou a prisão dos traficantes”, anotou na denúncia, o promotor de Justiça Militar Cláudio Henrique Bastos Giannini.
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