Ministério Público denuncia 53 PMs da Zona Sul por tráfico e associação criminosa com o PCC

0
637

Os policiais foram presos em dezembro de 2018 e faziam parte do 22º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, que fica no Jardim Marajoara

 

 

Cerca de 53 policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público por organização criminosa e associação ao tráfico de entorpecentes. Todos faziam parte do 22° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, que fica no Jardim Marajoara, região de Santo Amaro.
Os policiais foram presos em dezembro de 2018, durante a Operação Ubirajara que os investigou por suspeita de envolvimento em tráfico de drogas com integrantes da facção criminosa PCC, o Primeiro Comando da Capital.
Segundo o Ministério Público, “os policiais denunciados praticavam delitos para favorecer a organização criminosa […] permitindo a realização de tráfico de drogas no território abrangido por aquele batalhão. Os agentes de segurança passaram a integrar o PCC, praticando diversos ilícitos, como concussão, corrupção passiva, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional, além do crime de associação ao tráfico de drogas”.
A Operação Ubirajara teve início através de uma denúncia anônima, que detalhou a ação dos policiais numa grande apreensão de drogas e a negociação deles com um traficante da região. Os PMs exigiram dinheiro para evitar a prisão em flagrante do traficante e para responsabilizar um adolescente pelo crime.
Cerca de 82 mil ligações telefônicas foram interceptadas, o que provou que não era apenas um caso isolado, mas diversos integrantes do 22° Batalhão estavam envolvidos. “O papel dos policiais militares dentro da organização criminosa também era claro, não reprimir a prática do delito de tráfico, bem como facilitá-lo, não passando de viatura policial próximo aos pontos de venda, informando acerca de alguma operação policial pelo local e até mesmo alterando a verdade em documentos públicos para que não ocorresse apreensão de droga ou a prisão dos traficantes”, anotou na denúncia, o promotor de Justiça Militar Cláudio Henrique Bastos Giannini.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.