A passarela foi retirada depois que veículos com altura superior à permitida danificaram o tabuleiro. Moradores da região reclamaram que a nova estrutura, que custou mais de R$ 500 mil, não é segura e podem acontecer acidentes ou arremesso de objetos na pista
Depois de dois anos, a passarela Dr. José Granadeiro Guimarães, na Av. Moreira Guimarães, em Moema, foi instalada. No último final de semana (20 e 21), o trânsito foi interditado na região do Aeroporto de Congonhas para que a estrutura fosse recolocada.
Segundo a Subprefeitura Vila Mariana, a passarela havia sido removida em fevereiro de 2018, “após o tabuleiro sofrer deslocamento ao ser atingido por veículos com altura superior à permitida para o local. Com isso, a estrutura passou a oferecer risco aos pedestres e motoristas”.
Em agosto de 2019, o Grupo Sul News questionou a Prefeitura quais os motivos da demora em arrumar a passarela, que poupa tempo dos pedestres que precisam atravessar a via. Na época, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras informou que um edital de licitação havia sido publicado em junho para contratar uma empresa que fizesse o trabalho. Porém, uma decisão do Tribunal de Justiça impediu a única empresa que apresentou proposta. Um novo edital de licitação foi aberto em outubro do ano passado para a reforma da passarela.
Moradores da região, no entanto, não ficaram satisfeitos com a obra, que custou R$ 538.506,86. Nas redes sociais, há comentários sobre a estrutura da passarela não ser totalmente segura já que o corrimão é aberto.
“O corrimão tem menos de 90cm de altura, afora um vão grande muito perigoso para crianças. Já tem pontos de infiltração e rachaduras onde levantaram uma parede do lado do Planalto Paulista”, afirma um morador. Outra comentário indica que a passarela “deveria ser telada, para evitar quedas ou arremesso de objetos na pista…”
Qualquer alteração na passarela, para deixá-la mais segura, no entanto, está descartada. Segundo a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), como a passarela é tombada pelo Patrimônio Histórico, “não é permitido realizar alterações em sua estrutura ou nos gradis de proteção. O projeto executivo elaborado para o local visou a recuperação da estrutura danificada da passarela”.
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