Empoderamento? O impacto da mulher na sociedade

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O mês da mulher se transforma em um mês de comemoração e reflexão. Porém, no fundo, cada mulher impacta a sociedade todos os dias, quando realmente se decide a viver sua vocação ontológica em plenitude. Hoje, para oferecer o devido espaço e dar voz à mulher, utiliza-se frequentemente a palavra empoderamento. Porém, será que é a sociedade que dá poder a mulher ou ela já traz consigo esse poder? Vejamos.

Em primeiro lugar, a mulher é capaz de gerar uma vida racional e imortal em si mesma; sustentá-la desde o primeiro momento; dar a luz e alimentá-la com seus próprios meios… Só isso já a leva a um lugar de destaque no mundo. Afinal, este não iria para a frente sem essa capacidade. Por outro lado, filosoficamente, pode se afirmar que a maternidade não é para a mulher apenas um destino biológico, mas antropológico. Ela tem a vocação de despertar a generosidade social.

De fato, a mulher conta com um dom a ser voluntariamente desenvolvido, de sensibilidade ativa e compreensiva; de conjugação de visão micro-macro; de perseverança no trabalho; de detalhes; de serviço. Porém, cabe a ela render esse tesouro, e, à sociedade, acolhê-lo. Nesse sentido, é preciso resgatar o “desandado” histórico quer seja por subjugá-la, retificá-la ou enganá-la, através de uma falsa ideia de liberdade e igualdade.

Volto ao título do breve artigo para que reflitamos, em primeiro lugar, nós, mulheres, sobre a expansão de nossa força interior como missão para engrandecer a sociedade, em qualquer tarefa que desempenhemos, com nossa admirável capacidade de amar. Por outro lado, é também uma ocasião para se ponderar sobre o que se promove como “proteção” eleitoreira da mulher, quotas etc., de forma que consigamos oferecer condições reais para que a mulher possa efetivamente ser mãe, esposa, profissional e causar plenamente todo impacto social desde sua vocação naturalmente qualificada. Vamos juntos!

Angela Vidal Gandra da Silva Martins, professora de Filosofia do Direito da Universidade Mackenzie, é sócia da Gandra Martins Law, gerente Jurídica da Faesp, presidente do Instituto Ives Gandra de Direito, Filosofia e Economia e ex-secretária nacional da Família do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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