Bairros da Zona Sul terminam 2020 como os mais desvalorizados para alugar

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No final do ano, a cidade de São Paulo registrou o valor médio de R$ 35,43 no metro quadrado para locação, uma queda de 6,26% ao longo de todo o ano. Por causa da pandemia, onde centenas de pessoas perderam o emprego ou tiveram o salário reduzido, muitos inquilinos tiveram que negociar com os donos dos imóveis para que o aluguel fosse diminuído


No ano passado, entre os meses de julho a dezembro, muitos bairros da cidade de São Paulo viram cair o preço do metro quadrado dos imóveis alugados, como um reflexo da crise econômica gerada pela pandemia da Covid-19.
A Zona Sul, segundo o Índice QuintoAndar de Aluguel, foi a região mais atingida por essa queda nos preços do m² dos imóveis em locação. Entre os cinco bairros mais desvalorizados da capital paulista, quatro estão na Zona Sul:

  • Santo Amaro: queda de 31,3%
  • Centro: – 29,7%
  • Real Parque: -28%
  • Vila Nova Conceição: -26,5%
  • Paraíso: -21,2%

No final do ano, a cidade de São Paulo registrou o valor médio de R$ 35,43 no metro quadrado para locação, uma queda de 6,26% ao longo de todo o ano.

Já os bairros mais valorizados, nos últimos seis meses, são:

  • Mandaqui: aumento de 14,1%
  • Vila Carrão: +9,9%
  • Bom Retiro: +9,3%
  • Butantã: +9,3%
  • Jardim São Savério: +8,6%

Por causa da pandemia, onde centenas de pessoas perderam o emprego ou tiveram o salário reduzido, muitos inquilinos tiveram que negociar com os donos dos imóveis para que o aluguel fosse diminuído. Em dezembro de 2020, houve uma diferença de -12,02% no valor entre o anúncio no imóvel e o contrato fechado.

Para 2021, especialistas recomendam que inquilinos continuem negociando com seus locadores, porque o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) fechou 2020 com alta de 23,14%. Sendo assim, um aluguel de R$ 2.000 pode ultrapassar os R$ 2.400, tendo em vista o reajuste no IGP-M.

“O IGP-M como indicador de reajuste de aluguel não é obrigatório, mas se está no contrato, é a referência. Aconselhamos inquilinos e proprietários a buscarem um acordo que beneficie ambos os lados, alcançando o melhor equilíbrio possível na relação contratual. Cada caso é um caso. Se o aluguel foi reduzido nos últimos anos, pode ser que agora o proprietário não esteja aberto a aumentar pouco. Depende também da necessidade que ele tem da renda”, explica Jean Carvalho, gerente de imóveis da administradora de imóveis e condomínios APSA.

Quem tinha planos de comprar um imóvel residencial em São Paulo no ano passado teve que enfrentar um aumento de 3,79% nos preços, em relação ao ano anterior. Em dezembro, a cidade registrou o valor de R$ 7.487 para o metro quadrado, sendo que o bairro de Pinheiros foi o mais caro, com alta de 7,15%, segundo o Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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