ARTIGO | Qual a importância de incluir a educação financeira no currículo escolar?

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A educação financeira é um conteúdo que deveria constar como obrigatório no currículo básico das crianças e dos adolescentes, principalmente, se pensassem nos pilares da educação financeira, ou seja, ensinássemos crianças, adolescentes e até adultos, como eles devem gerenciar os seus rendimentos e a própria percepção de que – como na contabilidade – para cada débito tem que haver uma receita equivalente. Inclusive, um débito sempre abaixo da receita, nunca pode ser acima. E, se for acima, a pessoa deve buscar um tipo de financiamento para consumir algo no valor acima da renda que a pessoa tem atualmente.

A educação financeira, nesse sentido de dar as noções básicas relacionadas ao que é ativo e passivo à receita e despesa, são fundamentais. E, a partir disso, desenvolver na criança e no adolescente um consumo consciente para saber o que devemos buscar ou adquirir um produto com base no recurso que a pessoa tem e nas suas necessidades.

Seja aguardando um tempo para juntar mais recursos e adquirir o produto ou serviço, ou ainda buscando um tipo de financiamento, sabemos que a população brasileira é pouco educada quanto aos financiamentos e por isso estamos acostumados a pagar taxas altíssimas de juros de empréstimos junto aos bancos.

Existe uma discussão de fundos relacionada à dificuldade que esses bancos têm de recuperar os créditos que eles fornecem, isso também é um fator importante, pois a cada R$ 10 que eles emprestam apenas R$ 2 ou R$ 3 são recuperados. Isso faz com que a taxa de empréstimo e de juros seja altíssima. Mas essa é a realidade brasileira.

O consumidor, a criança, o adolescente e o próprio adulto, tem que estar ciente dessa situação para saber quais são os juros incidentes.

Penso que, hoje, por causa da tecnologia, essa educação financeira vai ter que incluir, por exemplo, medidas de educação relacionadas a como prevenir fraudes e golpes, pois isso ficou muito mais presente. Ou seja, ter uma clareza e preocupação com o cenário financeiro e econômico mínimo é importante. É o início de uma preparação que vai se desenvolvendo ao longo do tempo. E, por último, acho que a educação financeira deveria focar na geração de receita.

Rodolfo Tamanaha, Professor de direito da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (FPMB) e sócio do Madrona Fialho Advogados


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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