Até o mês de setembro, a cidade de São Paulo registrou um crescimento de 282% na fila de crianças que aguardam por uma vaga em alguma creche da capital. Na Zona Sul, os bairros com mais crianças fora das creches são Grajaú, Jardim Ângela e Cidade Ademar
Se em 2018, os nove primeiros meses do ano registraram aumento de 92% na fila de crianças por uma vaga na creche, em 2019 o aumento foi ainda pior.
Até o mês de setembro, a cidade de São Paulo registrou um crescimento de 282% na fila de crianças que aguardam por uma vaga em alguma creche da capital. Desse total de 75 mil crianças de 0 a 4 anos, cerca de 28 mil delas moram na Zona Sul.
Dessas 75 mil crianças, 71 mil não tem opção por uma unidade de ensino específica e 4.189 recusaram a vaga porque buscam uma unidade específica.
Em abril deste ano, os seis bairros da Zona Sul com a maior demanda por vagas foram Grajaú (2.188), Jardim Ângela (2.144), Jardim São Luís (1.772), Cidade Ademar (1.687), Campo Limpo (1.440) e Capão Redondo (1.428).
Agora, as três primeiras posições desse ranking são: Grajaú, que continua em primeiro lugar com mais de 4.200 crianças sem creche; Jardim Ângela, que ainda ocupa a segunda posição, porém, atinge mais de 3.800 crianças; e a Cidade Ademar, que no terceiro lugar da falta de vagas tem mais de 2.800 crianças fora da escolinha.
Segundo a Prefeitura, a meta é criar mais de 85 mil vagas até 2020. A meta faz parte da Proposta de Lei Orçamentária Anual para o ano que vem que prevê R$ 13,8 bilhões para a Secretaria Municipal de Educação, sendo mais de R$ 1 bilhão para a manutenção e operação dos Centros de Educação Infantil e Escolas Municipais de Educação Infantil.
“O número de vagas é o maior já registrado, com 338,8 mil crianças atendidas. Para fins de comparação, nos últimos cinco anos foram criadas 112 mil vagas. O trabalho constante de adequação da oferta conforme a procura tem garantido que a abertura de vagas seja a mais significativa da história da cidade”, informaram.
CRECHES IRREGULARES
Na última semana, a Prefeitura descredenciou mais de 100 Centros de Educação Infantil (CEIs) que registraram irregularidades fiscais e 35 entidades responsáveis pela manutenção desses centros. Na Zona Sul, foram 15 CEIs descredenciadas.
Segundo a Prefeitura, já houve substituição das entidades e, na próxima segunda-feira (4) todos os CEIs estarão funcionando normalmente.
“A Pasta orientou os funcionários das Diretorias Regionais de Ensino a receberem as famílias e funcionários que ficarem com dúvidas, mas não haverá perda para os alunos. As entidades parceiras que farão a substituição já prestam serviço para Secretaria de Educação”, informou a Prefeitura.
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