Reabertura do comércio acontece de forma gradual a partir do dia 11 de maio, afirma Governo

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O “Plano São Paulo” para reabertura das atividades econômicas vai seguir alguns critérios: evolução da pandemia, quantidade de leitos disponíveis, adesão às restrições no decorrer da quarentena e definição regionalizada das medidas de retomada, ou seja, cada região do Estado terá autorizações específicas de reabertura do comércio


O Governo de São Paulo anunciou hoje (22) o “Plano São Paulo”: as medidas necessárias para reabertura do comércio não essencial. As atividades devem recomeçar, de maneira gradual, a partir do dia 11 de maio, já que a quarentena contra o coronavírus termina no dia 10.

De acordo com o Governo do Estado, o plano para a economia é importante “para evitar que a reabertura desordenada do comércio provoque uma disparada no número de casos e de mortes em decorrência da Covid-19. A avaliação das autoridades estaduais é que, além da perda de vidas, o prejuízo econômico será muito maior se a retomada levar a uma quarentena ainda mais rígida nos próximos meses”.

Até o término da quarentena, o governador João Doria garantiu que o comércio não essencial permanece fechado, o que contraria boa parte da população que já fez protestos contra o governador pedindo que todos possam voltar a trabalhar. “Até o dia 10 de maio, não haverá nenhuma alteração na quarentena. Os critérios daquilo que virá a partir do dia 11 serão diferenciados e de acordo com dados científicos apurados em cada cidade e pelas regiões do Estado. Definiremos gradualmente os protocolos para essa volta responsável e segura à normalidade econômica, mas protegendo vidas”, afirmou Doria.

A reabertura do comércio será feita seguindo critérios do sistema de saúde, considerando o cenário da evolução da pandemia, a quantidade de leitos disponíveis e a capacidade de testagem de pacientes. Também há critérios econômicos e sociais que o Governo segue: a adesão às restrições no decorrer da quarentena, os protocolos de saúde e higiene no trabalho e a definição regionalizada das medidas de retomada, ou seja, cada região do Estado terá autorizações específicas de reabertura do comércio.

Cada região do Estado será classificada conforme a evolução da pandemia, considerando três níveis de risco, de acordo com a gravidade da doença: zona vermelha, amarela e verde. “Hoje nós temos todas as regiões entre a vermelha e a amarela. Para estar na zona verde, nos precisamos alcançar um baixo número de casos, baixa ocupação de leitos de UTI, testes disponíveis para sintomáticos e suspeitos, e protocolos setoriais implementados. O primeiro passo é segmentar os municípios de acordo com a situação da pandemia, capacidade do sistema de saúde. Nós receberemos da Saúde a definição de quais os critérios chave, meta de número de casos, quantidade de leitos, testes para sintomáticos e suspeitos. Aqui, vamos precisar de uma colaboração muito grande do setor privado da testagem massiva em grandes empresas, em grandes ambientes econômicos”, explicou Patrícia Ellen, secretária do Desenvolvimento Econômico.

Segundo o Governo de SP, apesar dos comércios estarem fechados, cerca de 74% da estrutura econômica do Estado permaneceu ativa porque setores como a indústria, o agronegócio, a construção civil, telecomunicações e energia, não foram atingidos pelas medidas restritivas.

O Governo também reforça que a principal maneira de conter a propagação do vírus é o isolamento social. Na última terça-feira (21), feriado, a taxa de isolamento subiu para 57%, já que no dia anterior (20) chegou a 51%. Porém, o ideal é que 70% da população permaneça em casa para não contrair ou propagar o vírus.


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