Prefeitura amplia os programas Cidade Solidária e Cozinha Cidadã para reforçar atendimento à população em situação de vulnerabilidade na capital

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Em meio ao período de emergência do Plano SP, a cidade passa a distribuir 7,5 mil cestas básicas por dia, inclui quatro máscaras e distribuição de refeições sobe de 7,5 mil para 10 mil por dia, para pessoas em situação de rua e socialmente vulneráveis


A Prefeitura de São Paulo está intensificando a distribuição de alimentos para as populações mais vulneráveis da capital, por meio do programa Cidade Solidária. Desde quinta-feira (18) o número de cestas básicas distribuídas em toda a cidade passou a marca de 7,5 mil. Cada uma delas com quatro máscaras de proteção contra a covid-19.

A população em situação de rua também terá mais assistência. O número de refeições diárias está aumentando de 7,5 mil para 10 mil refeições. O objetivo é garantir a segurança alimentar da população vulnerável neste período de aumento das restrições da fase emergencial do Plano São Paulo.

Cidade Solidária

O Cidade Solidária, de maio de 2020 até o último dia 15 de março, já distribuiu 2,4 milhões de cestas básicas e mais de 1 milhão de kits de higiene aos paulistanos. O programa que passou, em janeiro, para a coordenação da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), ganhou novo fôlego com a compra de cestas básicas para entregar 100 mil unidades por mês até o final de 2021.

Além das cestas adquiridas diretamente pelo município, a cidade vai reforçar a campanha de doações para o programa, que conta com a participação da sociedade civil. “Precisamos mobilizar novamente a sociedade para retomar o nível de doações neste momento mais grave da pandemia”, diz a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carletto.

Cozinha Cidadã

Preocupada com a situação das pessoas mais vulneráveis, a Prefeitura – por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania – criou, no ano passado, o programa Cozinha Cidadã que, desde março de 2020, já distribuiu 222 mil litros de água e 2.363.335 marmitas, produzidas por mais de 100 restaurantes credenciados que recebem 10 reais por unidade. A pasta já ampliou o cadastro de bares e restaurantes.

“O Cozinha Cidadã é uma inovação social que a cidade encontrou para garantir a alimentação da população de rua durante a pandemia, porque estabelece uma relação de ganhos para a população e estabelecimentos que tiveram queda no movimento”, diz a secretária Claudia Carletto. Pesquisa sobre o impacto da medida entre os restaurantes cadastrados apontou que 70% destes estabelecimentos só conseguiram manter o negócio graças aos recursos do Programa Cozinha Cidadã.

Esse projeto foi iniciado em abril de 2020, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. “Idealizamos esse programa logo no início da pandemia pois vimos que, com todos os comércios e restaurantes fechados, além da diminuição das ações de voluntários que distribuíam marmitas, a questão da fome foi a primeira que surgiu”, explica a coordenadora de Políticas para a População em Situação de Rua da SMDHC, Giulia Patitucci.

A iniciativa tem o objetivo de garantir a segurança alimentar e nutricional da população em situação de rua da capital durante o período de emergência, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Também está auxiliando restaurantes que correm o risco de fechar as portas, com limitação de funcionamento ou pela diminuição de pessoas, proporcionando a manutenção da cadeia produtiva de alimentos. Nesse sentido, foram beneficiados mais de 100 restaurantes nessas condições. Os estabelecimentos recebem R$ 10 por refeição fornecida.

Distribuição

A distribuição das refeições é feita na região da Sé, Mooca, Lapa, Vila Mariana, Santo Amaro, Pinheiros e Santana e agora também em São Mateus, Penha, Casa Verde e Aricanduva. Segundo a coordenadora Giulia Patitucci, os pontos para entrega das marmitas foram selecionados tendo como base o último censo da população em situação de rua da capital.

“A gente distribui atualmente uma média de 7.500 marmitas por dia, de segunda a domingo, inclusive em feriados e estamos aumentando agora para 10 mil. Os restaurantes produzem, entregam em pontos pré-definidos e motoristas credenciados do transporte escolar municipal, que ficaram sem trabalho devido à interrupção das aulas presenciais, fazem a distribuição nos territórios”, explica Giulia.

O intuito da ação é oferecer insumos básicos para as pessoas em situação de rua, ainda que de modo temporário, para que elas acessem, posteriormente, os serviços de acolhimento da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) – o que significa ter um atendimento mais integral diante da alta vulnerabilidade social. Com a ampliação do serviço, a Prefeitura espera distribuir 10 mil marmitas para a população.

Rede de Assistência Social

As pessoas em situação de vulnerabilidade também podem ter acesso às refeições nos equipamentos da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS). Atualmente, a pasta conta com 97 serviços de acolhimento para a população em situação de rua, com mais de 23 mil vagas.

Durante período de pandemia, começou a funcionar, na região do Cambuci, um Núcleo de Convivência Emergencial, com capacidade de oferecer café da manhã, almoço e café da tarde para 200 pessoas. A rede municipal conta com dez núcleos de convivência, com 3.472 vagas. Para os núcleos de convivência da Sé, Prates, Porto Seguro, Luz e Bela Vista foram aditados em caráter emergencial mais 1.760 vagas.

Doações de Cestas Básicas

As pessoas que quiserem ajudar o programa podem fazer as doações de cestas básicas ou dos alimentos não perecíveis que entram na composição das cestas ou dos alimentos não perecíveis que entram na composição delas. (confira no Quadro 1). A população também pode doar os itens que compõem os kits de higiene: sabonete corporal; escova e creme dental; absorvente; papel higiênico, água sanitária, detergente em pó, desinfetante e esponja multiuso.

Os locais disponíveis para doação são os equipamentos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos espalhados pela cidade (veja no quadro 2), ou no galpão da Cruz Vermelha Brasileira São Paulo, na Avenida Moreira Guimarães, 699, Indianópolis, Zona Sul, que é uma das entidades parceiras nesta ação humanitária.

As empresas e organizações ou pessoas jurídicas que quiserem doar devem entrar em contato pelos telefones (11) 2833-4170,  (11) 2833-4166 ou (11) 2833-4165, ou enviar mensagem para o e-mail: doacoes@prefeitura.sp.gov.br para receber as orientações das equipes do programa. “Nosso objetivo é ampliar a doação e gerar ainda mais transparência na distribuição de cestas básicas, chegando para os moradores de São Paulo que mais precisam neste momento difícil pelo qual atravessamos”, afirma Claudia Carletto.

Os interessados, podem ainda fazer doações em dinheiro para um fundo que viabilizará a aquisição de cestas. Por transferência bancária, os dados são:
PMSP/SMDU-Cidade Solidária CNPJ: 46.395.000/0001-39
Banco do Brasil
Agência 1897-X
C/C 2020-6

Quadro 1 – itens que compõem a cesta básica

1) leite em pó integral para bebida: dois pacotes de leite em pó instantâneo, 400 gramas cada;
2) Arroz agulhinha: 5 kg;
3) Feijão carioquinha: 1 kg;
4) Farinha de mandioca: branca, 500 g;
5) Açúcar refinado: 1 kg;
6) Óleo de soja: 900 ml;
7) Sal: 1 kg;
8) Macarrão: 1 pacote de macarrão tipo espaguete;
9) Polpa ou purê de tomate: 1 embalagem em caixa;
10) Sardinha em óleo comestível: 2 latas.

Quadro 2

Endereços e telefones dos Equipamentos de Direitos Humanos e Cidadania para doações:


• Casa da Mulher Brasileira
Rua Vieira Ravasco, 26 – Cambuci – Tel.: 3275-8000


• Centros de Referência da Mulher (CRMs)
Casa Eliane de Grammont – Tel.: 5549-9339 – Rua Dr. Bacelar, 20 – Vila Clementino
Casa Brasilândia – Tel.: 3983-4294 – Rua Sílvio Bueno Peruche, 538
CRM 25 de Março – Tel.: 3106-1100 – Rua Líbero Badaró, 137 – 4º andar – Centro
CRM Maria de Lourdes Rodrigues – Tel.: 5524-4782 Rua Luiz Fonseca Galvão, 145 – Capão Redondo


• Centros de Cidadania da Mulher (CCMs)
CCM Parelheiros – Tel.: 5921-3935 – Rua Terezinha do Prado Oliveira, 119 – Parelheiros
CCM Perus – Tel.: 3917-7890 / 3917-5955 – Rua Joaquim Antônio Arruda, 74 – Perus
CCM Capela do Socorro – Tel.: 5927-3102 – Rua Professor Oscar Barreto Filho, 350 – Grajaú
CCM Santo Amaro – Tel.: 5521-6626 – Praça Salim Farah Maluf, s/n
CCM Itaquera – Tel.: 2073-5706 / 2073-4863 – Rua Ibiajara, 495 – Itaquera


• Centros de Cidadania LGTBTI
Centro de Cidadania LGBTI (Leste) Laura Vermont – Av. Nordestina, 496 – São Miguel Paulista – Tel.: 2032-3737
Centro de Cidadania LGBTI (Norte) Luana Barbosa dos Reis – Pça. Centenário, 43 – Casa Verde – Tel.: 3951.1090
Centro de Cidadania LGBTI (Sul) Edson Neris – R. Conde de Itu, 673 – Santo Amaro – Tel.: 5523.0413
Centro de Cidadania LGBTI Claudia Wonder (Zona Oeste) – Av. Ricardo Medina Filho, 603 – Lapa – Tel: 3832-7507


Centro de Referência e Defesa da Diversidade (CRD) Bruna Vallim
Rua do Arouche, 23, 4°andar – Centro– Tel: 3151-5786


 CRAI – Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes
Rua Major Diogo, 834, Bela Vista – Tel.: 2361.3780


Centros de Referência de Promoção da Igualdade Racial
CRPIR Oeste – Casa de Cultura do Butantã – Av. Junta Mizumoto, 13 – Jardim Peri Peri – Tel. 3742-6218
CRPIR Sul 1 – Casa De Cultura Campo Limpo – Nathalia Rosemburg – R. Aroldo de Azevedo, 100 – Jardim Bom Refugio. – Tel. 3742-6218
CRPIR Norte 2 – Casa de Cultura Brasilândia – Praça Benedicta Cavalheiro, s/nº – Freguesia Do O, São Paulo – Tel: (11) 3922-7664


 Ouvidoria de Direitos Humanos
Rua Dr.: Falcão Filho 69, com horário das 10h às 16h.

Obs: Por conta do período emergencial, os equipamentos da SMDHC estão funcionando com horário reduzido, das 10h às 16h. Mais informações nos telefones: 2833.4170, 2833.4166 e 2833.4165.

Cadastro de entidades para distribuição de cestas

Outra novidade no programa Cidade Solidária se refere ao cadastramento das solicitações para recebimentos de cestas básicas, que agora permite o cadastramento totalmente digital, pelo Portal 156, das entidades sociais que desejam indicar pontos para distribuição das cestas do programa.

Os requisitos e critérios de seleção das entidades que podem ser beneficiárias do programa são muito simples. As entidades precisam não ter fins lucrativos, possuir registro de CNPJ ativo e histórico de atuação de cunho social.

As inscrições dos interessados serão realizadas pelo formulário de inscrição disponibilizado exclusivamente no Portal de Atendimento 156. Cada instituição pode realizar mais de uma solicitação, desde que buscando atender públicos ou regiões distintas, e a quantidade de cestas a serem entregues será determinada pela coordenação do programa, de acordo com o número de famílias cadastradas e a capacidade de atendimento.

O link para acesso direto à inscrição dos interessados em receber as cestas pode ser acessado clicando aqui.

As entidades podem também ingressar pela home do portal:
sp156.prefeitura.sp.gov.br/

E clicar nas opções:
– Serviços;
– Cidadania e assistência social;
– Organizações da Sociedade Civil ;
– Programa Cidade Solidária-Cadastrar organizações para receber cestas básicas para doação.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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