Pandemia diminui quantidade de ciclistas na ciclovia da Av. Faria Lima

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Devido ao isolamento social, muitas pessoas deixaram de ir para os escritórios da região e passaram a trabalhar em casa. Em outras ciclovias, no entanto, o número de ciclistas aumentou porque as pessoas querem evitar aglomerações no transporte coletivo


O número de ciclistas que frequentam a ciclovia da Av. Faria Lima, no Itaim Bibi, despencou durante o ano de 2020. Devido ao isolamento social, muitas pessoas deixaram de ir para os escritórios da região e passaram a trabalhar em casa.

Segundo a CET, de 24 de março de 2019 a 1° de janeiro de 2020, a ciclovia da Av. Faria Lima contabilizou a passagem de 1.634.567 pessoas. Mas, de 24 de março de 2020 a 1° de janeiro de 2021, o número de ciclistas caiu para 860.030.

Em outro ponto da cidade, no entanto, na ciclovia da Rua Vergueiro, na Vila Mariana, o número de ciclistas aumentou: de 24 de março de 2019 a 1° de janeiro de 2020 foram 588.702 ciclistas e de 24 de março de 2020 a 1° de janeiro de 2021 foram 729.284 ciclistas.

Na ciclovia da Av. Gastão Vidigal, na Vila Leopoldina, o movimento também cresceu: de 22 de abril de 2019 a 1° de janeiro de 2020 foram 91.757 ciclistas e de 24 de março de 2020 a 1° de janeiro de 2021 foram 185.311 ciclistas.

O aumento de ciclistas na capital paulista está totalmente relacionado a pandemia da Covid-19: para evitar aglomerações no transporte coletivo, as pessoas migraram para a bicicleta, longe de correr o risco de se contaminar com o vírus.

O aumento do número de ciclistas reflete também no comércio. De acordo com a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas, os meses de setembro e outubro do ano passado registraram vendas de bike 64% maiores do no mesmo período de 2019. “Os modelos mais procurados pelos ciclistas do país continuam sendo aas chamadas bicicletas de entrada, com valores que variam entre R$ 800 e R$ 2 mil. Estas são bikes utilizadas com três funções principais de uso urbano: meio de transporte, prática de atividades físicas e lazer. A procura por bicicletas intermediárias, com valores entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, também cresceu nos meses de setembro e outubro – especialmente as mountain bikes. Este dado apresenta uma mudança no perfil de consumo, mas ainda não é possível confirmar se trata-se de uma tendência para os próximos meses”, informou a Associação.

No entanto, grande parte da população ainda não aderiu as bicicletas porque não há ciclovias e ciclofaixas em todos os bairros da capital. O Mapa da Desigualdade 2020 revelou que a proporção da população que reside em um raio de até 300 metros de distância de infraestruturas cicloviárias (ciclovias e ciclofaixas) é de 2,1% no Campo Belo. Próximo dali, em Moema, essa proporção sobe para 87,2% da população. Outros bairros da Zona Sul, como Marsilac e Jardim Ângela registraram taxa de 0%, ou seja, não há acesso para ciclovias e ciclofaixas nessas regiões.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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