Moradores do Itaim Bibi reclamam de festas em posto de gasolina durante quarentena

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As festas irregulares reúnem cerca de 200 jovens nas madrugadas dos finais de semana na Av. Juscelino Kubitschek. Além de desrespeitar o distanciamento social, a maioria das pessoas não usam máscaras. Nas últimas semanas, com a flexibilização do comércio, o índice de isolamento social caiu na cidade de São Paulo


Moradores do Itaim Bibi têm reclamado de festas que acontecem todo final de semana em um posto de gasolina na Av. Pres. Juscelino Kubitschek reunindo centenas de jovens que ficam no local até o dia seguinte.

Essa situação acontece desde o ano passado e agora, após a flexibilização da quarentena, as festas voltaram a acontecer. A festa invade a rua com som alto até às 6h da manhã aos sábados e domingos.

A maioria dessas pessoas não usam máscaras, desrespeitando o Decreto Estadual 64.959 que estabelece o uso geral e obrigatório de máscaras no Estado de São Paulo. Além disso, essas pessoas também desrespeitam outra lei estadual (Nº 16.927) que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nas dependências de postos de gasolinas, a não se que estejam em espaços reservados e externos, o que não é o caso do posto citado.

“Parece que é dentro de casa que a gente está fazendo a festa, muita bagunça. Eu acho que é uma faixa etária que deve ir de menores até uns 20 e poucos anos. Eles ficam espalhados, mas é cerca de 200 pessoas que ficam lá”, diz a moradora Célia Canas. Além do barulho, moradores reclamam de corrida de carros, brigas e sujeira.

Vídeos nas redes sociais mostram que a Polícia Militar já esteve no local durante as festas, mas não fez nada para acabar com a balada ilegal.

A Rede Duque, dona do posto, informou que é contra as festas que ocorrem no local e nas ruas próximas. Alegou que está tendo prejuízo porque essas pessoas atrapalham o funcionamento do posto e informaram também que denuncia essas baladas para os órgãos responsáveis.

A Secretaria da Segurança Pública informou que faz ações preventivas no bairro para evitar festas e perturbação ao sossego. Entre agosto e setembro, 16 boletins de ocorrência foram registrados e encaminhados para a delegacia da região.

A Prefeitura informou que a adega que funciona no posto foi fechada no sábado (19) por falta de licença.

QUEDA NO ISOLAMENTO SOCIAL

Nas últimas semanas, a cidade de São Paulo só tem apresentado níveis acima de 50% no índice de isolamento aos domingos. No restante da semana, a taxa fica entre 41% e 47%.

No dia 4 de setembro, porém, pela primeira vez a capital apresentou a menor taxa de isolamento desde o início da quarentena, em 24 de março: apenas 40% das pessoas em casa.

Nas últimas semanas o Estado vinha apresentando uma tendência de queda nos casos e mortes por Covid-19, porém, após o feriado de 7 de setembro, em que muitas pessoas viajaram, esse índice de casos e mortes voltou a subir.

Na última segunda-feira (21), foi registrado alta de 27% na média móvel de mortes em relação aos 14 dias anteriores (feriado). “Esse dado do aumento de óbitos que nós tivemos na semana, infelizmente, interrompeu uma sequência de queda. Nós não podemos fazer uma relação direta ainda de causa e efeito se esses óbitos têm alguma relação com o aumento que nós tivemos no feriado de aglomerações que possa ter ocorrido. Esse aumento nos indicadores não ficam restritos ao litoral porque as pessoas se deslocam de outros lugares e podem, no regresso, aumentar também a possibilidade de transmissão em outros locais”, disse João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência contra o Coronavírus.

Nesta quarta-feira (23), foram registrados 34.492 óbitos e 951.973 casos confirmados do novo coronavírus no Estado de São Paulo. Segundo o Governo, 818.593 pessoas estão recuperadas, sendo que 104.209 foram internadas e tiveram alta hospitalar.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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