Ibirapuera é parque campeão de roubos e furtos em São Paulo

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Foram registrados mais de 700 casos de roubos e furtos de celulares, bicicletas e documentos entre 2014 e 2019 no Ibirapuera. Entre janeiro de 2017 e junho de 2019, a redução de guardas civis metropolitanos no Ibirapuera foi de 38,5%


O ano de 2019 registrou um aumento no número de roubos em parques da capital paulista. De janeiro a agosto foram registrados 196 furtos e roubos nos parques, sendo que, no mesmo período de 2018, foram 166 casos, um aumento de 18% nas ocorrências, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

O maior parque da cidade de São Paulo e que recebe mais visitantes, o Ibirapuera, é o que lidera o número de roubos e furtos: foram mais de 700 casos entre 2014 e 2019. Os ladrões levam, principalmente, celulares (492 casos), bicicletas (168 casos) e documentos (117 casos).

Em segundo lugar neste ranking está o Parque Villa Lobos, na Zona Oeste, com 253 casos e, em terceiro lugar, o Parque da Juventude, na Zona Norte, com 99 casos registrados entre 2014 e 2019.

A Secretaria da Segurança Pública disse que as Polícias Civil e Militar fazem rondas constantes no entorno dos parques da capital e que, quando a comparação é feita de janeiro a setembro, houve queda de 7% nos roubos.

Entre janeiro de 2017 e junho de 2019, a redução de guardas civis metropolitanos no Ibirapuera foi de 38,5%. Em 2017, a redução foi gradativa: 135 guardas trabalhavam no parque em janeiro, 131 em junho e 127 em dezembro. Já em 2018, a redução piorou: 123 guardas até o final do primeiro semestre do ano e 86 em dezembro. Até junho de 2019, portanto, 83 guardas civis metropolitanos atuavam no parque.

Recentemente a concessão do Parque Ibirapuera à iniciativa privada foi autorizada pela Justiça, após meses de incertezas. O Plano Diretor do parque, realizado após pedido do Ministério Público, dá ao concessionário a responsabilidade da gestão, operação e administração do parque.

Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, “atualmente, a segurança patrimonial do Parque Ibirapuera é realizada por meio de contrato com empresa particular, que prevê 82 vigilantes, em dois turnos, distribuídos em pontos estratégicos. Há também um efetivo da Guarda Civil Metropolitana, com 83 agentes trabalhando no Parque Ibirapuera. Após a concessão, essa responsabilidade será da empresa concessionária”.

A empresa Construcap, concessionária do Ibirapuera, informou em nota que prevê “a instalação de equipamentos tecnológicos que garantirão o monitoramento contínuo de todos os espaços, com câmeras de vídeo, conectadas com a tecnologia da Polícia Civil e Militar. Será possível, por exemplo, identificar movimentações suspeitas em tempo real em todas as áreas sensíveis dos parques. Um Centro de Controle fará análises em tempo real”.


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