Durante desfile de carnaval no Brooklin, cinco pessoas são baleadas por policial que reagiu a assalto

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Um grupo de seis pessoas fazia um arrastão, quando tentaram arrancar a corrente de um policial civil que estava de folga. Armado, ele reagiu e cinco pessoas foram baleadas: suspeitos e foliões que se divertiam


No último domingo (16), cinco pessoas foram baleadas na Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, no Brooklin, por volta das 17h30, durante desfile de blocos de carnaval. Segundo a Polícia, um grupo de seis pessoas estavam fazendo um arrastão entre a multidão, quando tentaram arrancar uma corrente de um policial militar que estava de folga.

O policial, que estava armado, reagiu contra o grupo e, além de dois suspeitos, outras três pessoas foram atingidas por balas perdidas. Ninguém corre risco de vida.

No total, duas mulheres e três homens foram baleados: três vítimas foram levadas para a Santa Casa de Santo Amaro e outra para o Hospital do Campo Limpo. Segundo a Polícia, os três homens baleados são integrantes da quadrilha.

Dois rapazes, ambos de 19 anos, foram presos, suspeitos de estarem envolvidos na confusão. Um deles é suspeito de roubo e associação criminosa e não foi ferido. O outro, foi preso por resistência e lesão corporal e, segundo seu pai, é estudante de biotecnologia e morador de Sumaré, no interior do Estado.

“Todas as circunstâncias relativas aos fatos serão apuradas pela Polícia Civil. O caso está sendo registrado no 27º DP (Campo Belo). A equipe está em diligência pelo local e para ouvir os envolvidos”, informou a Secretaria de Segurança Pública. Apesar do caso ter sido registrado no 27º DP Campo Belo, será investigado pelo 96º DP Brooklin.

Os detidos vão responder por roubo, resistência e lesão corporal.

Nesta segunda-feira (17), o governador João Doria defendeu a ação do policial que estava armado durante o desfile dos blocos, apesar de estar de folga. “Um policial não é só policial quando está fardado, ele é policial por opção, determinação e treinamento. Então ele está em ação. Quero registrar que neste fato não houve nenhuma morte, nenhum ferimento grave e os bandidos foram presos, ou seja: o policial agiu como deveria ter agido para proteger as pessoas”, disse.

Além do tiroteio, foliões que estavam na Berrini também depredaram patrimônio público e privado: homens e mulheres foram flagrados urinando em estacionamentos e jardins de empresas, que haviam colocado grades para impedir a entrada de pessoas; outras pessoas subiram em pontos de ônibus, em bancas de jornais e na cobertura de uma padaria para dançar.

OPERAÇÃO CARNAVAL MAIS SEGURO

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), 413 pessoas foram detidas no fim de semana de pré-carnaval.

Um dos casos mais notórios aconteceu na Av. Brigadeiro Faria Lima, no Itaim Bibi: uma quadrilha colombiana foi presa por furtar 48 celulares durante os desfiles de carnaval. O grupo foi pego porque policiais suspeitaram do peso da mochila do grupo.

No mesmo dia, 30 pessoas fizeram uma arrastão em Pinheiros, entre a Rua dos Pinheiros e a Rua Fradique Coutinho. Dois suspeitos, um adulto e um adolescente, foram espancados pelos foliões. Após irem para a delegacia, foram liberados pela Polícia.

No total, nos dois primeiros dias de folia, “64. 847 pessoas foram abordadas, sendo 265 presas, 21 adolescentes apreendidos e 127 procurados pela Justiça capturados”, informou a SSP.


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