Covid-19: salvar vidas hoje e reinventar os negócios amanhã

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À medida que a pandemia da Covid-19 se estende e, em alguns países como o próprio Brasil, se agrava, as organizações de saúde precisam enfrentar um triplo desafio: manter as operações que estão a cargo do tratamento aos pacientes com diagnóstico confirmado ou com suspeita da Covid-19; buscar terapias e vacinas que possam minimizar os efeitos dessa doença e se preparar para as mudanças nas políticas sanitárias e sociais que virão com o pós-pandemia e o que isso vai impor em termos de novas formas de trabalhar – bem como seus resultados para o bem-estar e a saúde que isso entregará para as populações.

Alguns conceitos e ideias que já existiam, e de que se falava muito a respeito, poderão ser viabilizados ou ganhar escala dentro dos três modelos que norteiam o funcionamento das empresas e dos mercados: modelo de negócio, de operações e de tecnologia. A telessaúde é um bom exemplo disso, pois tanto os prestadores como as operadoras de saúde vão maximizar sua aplicação, indo além das consultas médicas de rotina, e incluir uma gama maior de serviços de assistência.

Outro efeito pós-pandemia será o estreitamento das parcerias entre indústria farmacêutica, prestadores e fontes pagadoras (seguradoras, operadoras de saúde e o governo). Juntos, esses atores poderão coordenar melhor os cuidados e acompanhar mais de perto os resultados na busca pela saúde dos pacientes. No tocante à contribuição governamental, as autoridades públicas podem pensar em estruturas e políticas para equilibrar a privacidade dos pacientes com a necessidade de compartilhar dados na busca para melhorar a saúde populacional em geral.


ALEXANDRE GRANDI é diretor para América Latina das Indústrias de Saúde e Ciências da Vida da Cognizant

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