Centro de Defesa do Campo Limpo oferece curso para combater a violência contra a mulher

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Segundo a Lei Maria da Penha, é preciso que a violência de gênero seja combatida também junto aos homens e o curso oferecido pelo CDCM capacitou os profissionais para trabalharem com essa situação. O objetivo é que a reflexão sobre as masculinidades e a desconstrução do machismo promovam mudanças de comportamento


O Centro de Defesa e Convivência da Mulher (CDCM) “Mulheres Vivas”, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social, realizou um projeto sobre masculinidades para instruir os profissionais da rede socioassistencial do Campo Limpo.

Segundo a Lei Maria da Penha, é preciso que a violência de gênero seja combatida também junto aos homens e o curso oferecido pelo CDCM capacitou os profissionais para trabalharem com essa situação. O objetivo é que a reflexão sobre as masculinidades e a desconstrução do machismo promovam mudanças de comportamento.

Evitar agressões

Os encontros foram guiados pelo palestrante Flávio Urra, facilitador do projeto “E agora, José?”, formado em psicologia e sociologia. Segundo ele, “caso não seja realizado um trabalho com os agressores, existem grandes chances de que eles voltem a repetir as agressões”.

As primeiras aulas tiveram discussões sobre o conceito de gênero, relações de poder e divisões do trabalho. Durante cada encontro de duas horas foram propostas atividades e reflexões que promovem a conscientização a respeito da desigualdade entre os gêneros. Uma atividade solicitada foi a análise e a comparação de brincadeiras da infância dos alunos. “Assim eles puderam perceber a origem de certos comportamentos machistas”, relata Urra.

A maioria dos autores da violência de gênero são homens e, para que eles não voltem a repetir esse tipo de ação, as idealizadoras do projeto consideram de suma importância que seja feita uma conscientização a respeito do ocorrido. Com a capacitação dos funcionários que atendem esses homens, os ensinamentos recebidos são passados para os possíveis agressores, diminuindo a chance de reincidência.

Além do curso de masculinidades para os profissionais da rede socioassistencial do Campo Limpo, o CDCM segue oferecendo oficinas em vídeo para as mulheres assistidas pelo serviço. Para a segurança e privacidade delas, os vídeos são enviados por grupos privados. Esse tipo de oficina busca garantir a autonomia das atendidas, fazendo com que estejam menos vulneráveis à violência de gênero.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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