Bairro da Zona Sul é o campeão na fila de crianças a espera por vagas em creches

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A fila por vagas em creches que a Prefeitura havia zerado em dezembro de 2020 voltou a subir: agora, a cidade de São Paulo tem mais de 2.600 crianças na fila. Segundo a gestão municipal, as crianças que aguardam por uma vaga estão “dentro dos padrões da espera”


O bairro do Jabaquara, na Zona Sul, é o campeão na fila de crianças a espera de uma vaga na creche: são 180. Parece pouco, já que até o ano passado o Grajaú liderava com 1.326 crianças na fila.

No entanto, a fila por vagas em creches que a Prefeitura havia zerado em dezembro de 2020 voltou a subir: agora, a cidade de São Paulo tem mais de 2.600 crianças na fila.

No começo de 2020, a rede municipal de Educação registrou 339.475 matrículas e deixou 21.419 crianças na fila. O cálculo da fila é inversamente proporcional a quantidade de matrículas, ou seja, quanto mais crianças matriculadas, menor é a espera por uma vaga.

Ainda em 2020, a Prefeitura fez parcerias com instituições particulares e abriu mais vagas até chegar a 374.631. Nesse momento, em dezembro, a fila zerou e só sobraram 540 crianças que os pais esperavam que estivessem em uma creche específica.

A fila que havia acabado voltou ao radar no início deste ano com 2.664 crianças aguardando por uma vaga.

Pelas regras da Prefeitura, as crianças devem ser matriculadas perto de casa, numa distância de até dois km, de acordo com a idade. Porém, em alguns casos, a própria Prefeitura oferece uma vaga em uma creche longe de casa. Com a pandemia, em julho do ano passado o limite máximo de distância entre a creche e a casa da criança subiu para cinco km.

As atuais 2.664 crianças que aguardam por uma vaga, estão “dentro dos padrões da espera”, segundo a gestão municipal. Em tese, a fila continua zerada porque a Prefeitura considera que os alunos que esperam por uma creche específica não estão na fila.

“Nós temos hoje 1.402 vagas específicas e outro grupo no prazo de 30 dias para [conseguir] uma vaga. Temos considerado fila após os 30 dias. Com data-corte de 30 de março nós tínhamos zero criança com mais de 30 dias, a não ser as vagas específicas”, disse a secretária adjunta da Educação, Minéa Fratelli.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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