A verdade sobre o pancadão

1
1232

Candidato a vereador nas Eleições municipais de 2020, o Capitão Camasano descreve suas impressões sobre pancadões na cidade de São Paulo


Capitão Camasano

Você vive num bairro chique da cidade ou na periferia?

Se tem a sorte de enquadrar no primeiro caso, certamente sabe muito pouco sobre o assunto. Talvez já tenha lido a respeito, ouvido algo no noticiário, alguma análise de especialista em generalidades, tenha visto algum filme ou novela.

Por outro lado, se você se enquadra no segundo caso, a história é outra. Você, sim, conhece o problema. Melhor do que ninguém, sabe que não se trata de opção de lazer, como sugerem alguns, mas de opção de negócios para o crime. Exatamente.

É nesses eventos que se consome muita droga e muito álcool e se explora sexualmente o público infanto-juvenil. Os criminosos desfilam suas motos roubadas, seus carros turbinados e suas ferramentas de trabalho (fuzis, pistolas…). Até o dogão da tia ou o espetinho do tio só são vendidos com a anuência do tráfico.

Isso tudo é o que acontece na atmosfera do pancadão, mas e os moradores locais? Ah, esses são as maiores vítimas dessa chaga permitida pelo poder público. Não se respeita o sono dos bebês, das senhorinhas, do trabalhador que salta da cama às 4 da madrugada. Não.

Aos agentes da lei, muito pouco resta, efetivamente.

Acionada com frequência pelo 190, a PM comparece, age, toma garrafadas, tiros, distribui umas borrachadas, granadas de efeito moral, prende alguns. Pouco depois, o problema se repete.

Em 2013 uma lei foi aprovada pela Câmara Municipal. De autoria do então vereador Coronel Camilo, proibia esses eventos em área pública e estabelecia multa de R$ 2 mil, além de apreensão de equipamentos de som.

A lei era boa, mas o prefeito de turno, Fernando Haddad, vetou, afirmando que “o funk é uma expressão legítima da cultura urbana jovem…”.

Fácil, não? Ele morava numa mansão protegida por muralhas, em área nobre da cidade, e dormia o sono dos justos em meio ao luxo. Aos seus munícipes que o elegeram, entretanto, oferecia as batidas do pancadão como cantiga de ninar.
Felizmente a resposta não tardou, merecidamente, nas urnas paulistanas.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

1 COMENTÁRIO

  1. E graças ao Excelentíssimo Sr. secretário Toninho Pinto, hoje permanece forte como nunca, o “pancadão legalizado” dentro do autódromo de Interlagos.

    Nada mudou, apenas para pior.

Deixe um comentário para Renrew Cancelar resposta

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.