A verdade sobre o pancadão

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Candidato a vereador nas Eleições municipais de 2020, o Capitão Camasano descreve suas impressões sobre pancadões na cidade de São Paulo


Capitão Camasano

Você vive num bairro chique da cidade ou na periferia?

Se tem a sorte de enquadrar no primeiro caso, certamente sabe muito pouco sobre o assunto. Talvez já tenha lido a respeito, ouvido algo no noticiário, alguma análise de especialista em generalidades, tenha visto algum filme ou novela.

Por outro lado, se você se enquadra no segundo caso, a história é outra. Você, sim, conhece o problema. Melhor do que ninguém, sabe que não se trata de opção de lazer, como sugerem alguns, mas de opção de negócios para o crime. Exatamente.

É nesses eventos que se consome muita droga e muito álcool e se explora sexualmente o público infanto-juvenil. Os criminosos desfilam suas motos roubadas, seus carros turbinados e suas ferramentas de trabalho (fuzis, pistolas…). Até o dogão da tia ou o espetinho do tio só são vendidos com a anuência do tráfico.

Isso tudo é o que acontece na atmosfera do pancadão, mas e os moradores locais? Ah, esses são as maiores vítimas dessa chaga permitida pelo poder público. Não se respeita o sono dos bebês, das senhorinhas, do trabalhador que salta da cama às 4 da madrugada. Não.

Aos agentes da lei, muito pouco resta, efetivamente.

Acionada com frequência pelo 190, a PM comparece, age, toma garrafadas, tiros, distribui umas borrachadas, granadas de efeito moral, prende alguns. Pouco depois, o problema se repete.

Em 2013 uma lei foi aprovada pela Câmara Municipal. De autoria do então vereador Coronel Camilo, proibia esses eventos em área pública e estabelecia multa de R$ 2 mil, além de apreensão de equipamentos de som.

A lei era boa, mas o prefeito de turno, Fernando Haddad, vetou, afirmando que “o funk é uma expressão legítima da cultura urbana jovem…”.

Fácil, não? Ele morava numa mansão protegida por muralhas, em área nobre da cidade, e dormia o sono dos justos em meio ao luxo. Aos seus munícipes que o elegeram, entretanto, oferecia as batidas do pancadão como cantiga de ninar.
Felizmente a resposta não tardou, merecidamente, nas urnas paulistanas.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

1 COMENTÁRIO

  1. E graças ao Excelentíssimo Sr. secretário Toninho Pinto, hoje permanece forte como nunca, o “pancadão legalizado” dentro do autódromo de Interlagos.

    Nada mudou, apenas para pior.

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