Na maioria das fases do Inquérito, a Zona Sul esteve à frente na quantidade de pessoas infectadas. Nesta fase, a Prefeitura registrou a variação de 10,7% a 19,6% na prevalência do vírus entre os moradores da região Sul
O resultado consolidado do Inquérito Sorológico com Adultos, realizado pela Prefeitura, revelou que 13,6% da população paulistana já foi infectada pela Covid-19, sendo que 38% foram assintomáticos (não apresentaram sintomas da doença). As oito fases do estudo, realizadas entre junho e setembro, identificaram que 1,16 milhão de pessoas já têm anticorpos da doença.
A quinta fase do inquérito, feita em agosto, foi a mais crítica: 13,9% das pessoas testadas tiveram resultado positivo de contato com o vírus. Nesse período, também aconteceu a flexibilização da quarentena, com a entrada da capital paulista na Fase Amarela do Plano São Paulo. “O destaque é para a fase 5, onde a fotografia daquele inquérito apontou 1.994.102 pessoas com prevalência de contato com o Sars-coV-2 na cidade de São Paulo”, disse Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde.
Na maioria das fases do Inquérito, a Zona Sul esteve a frente na quantidade de pessoas infectadas. Nesta fase, a Prefeitura registrou a variação entre todo o período pesquisado em todas as regiões da cidade:
Zona Sul: prevalência de 10,7% a 19,6 %
Zona Leste: prevalência de 10% a 19,6%
Zona Norte: prevalência de 8,5% a 13,8%
Zona Sudeste: prevalência de 8,4% a 11,9%
Zona Oeste: prevalência de 3,7% a 10,3%
“Os dados apontam um aumento ainda maior na prevalência nas regiões Leste e Sul na última fase do inquérito”, informou a Prefeitura.
Entre as Fases 1 e 7, pessoas com pouca escolaridade foram contaminadas de três a seis vezes mais do que quem tinha estudos mais avançados. A prevalência da Covid-19 também é de duas a seis vezes maior em pessoas que estão nas classes econômicas D e E do que nas pessoas que estão nas classes A e B.
“É uma doença que afeta mais a população menos escolarizada, ou seja, jogou luz sobre a desigualdade social na cidade de São Paulo”, disse o prefeito Bruno Covas.
As pessoas que estão em home office desde o início são as menos contaminadas em relação aquelas que saem todos os dias para trabalhar. Em todas as fases (menos na Fase 3), “observou-se que os indivíduos que não aderiram ao distanciamento social se infectaram de uma a três vezes mais. Adultos e jovens foram os que apresentaram menor adesão ao distanciamento social”, informou a Prefeitura.
O Inquérito Sorológico com Adultos também revelou que nas regiões onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é mais alto, a prevalência da Covid-19 é menor. Já em locais onde o IDH é menor, nas periferias da cidade, a prevalência é mais expressiva.
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