A suspensão acontece por rixas das empresas que concorreram para finalizar as obras. O atraso de 8 anos para construção das estações Congonhas, Brooklin Paulista, Jardim Aeroporto, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan já elevou o preço das obras em mais de 30%, ou seja, R$ 1 bilhão
Elefante branco. É assim que moradores do Brooklin e região chamam a estrutura de ferro e concreto que foi construída na Av. Jornalista Roberto Marinho e deveria ser o monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô.
Porém, essa estrutura que poderia melhorar a mobilidade da Zona Sul ainda pode demorar para ser entregue já que o edital de licitação da obra foi suspenso para cumprir uma determinação da Justiça de São Paulo.
Em outubro do ano passado, a empresa Constran venceu a licitação para finalizar as obras do monotrilho. Mas as concorrentes recorreram da decisão alegando irregularidades na contratação e em julho deste ano o Tribunal de Justiça decidiu afastar a Constran do processo. Em agosto, o Metrô rompeu o contrato com a empresa e abriu um novo edital, que agora foi suspenso por um pedido da própria Constran que alegou que a anulação do contrato não foi para última instância na Justiça.
O monotrilho terá 7,7 km de extensão e será composto pelas estações Congonhas, Brooklin Paulista, Jardim Aeroporto, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e o pátio Água Espraiada. Ainda haverá interligação do Aeroporto de Congonhas com a Linha 9-Esmeralda da CPTM, através da estação Morumbi.
O atraso na construção da Linha 17, que desafogaria o trânsito na região, se tornou um problema exatamente por isso: há trechos com pista afunilada e há muitos abrigos para sem teto em partes da construção. Além disso, o valor da obra aumentou mais de 30% em 8 anos, cerca de R$ 1 bilhão, totalizando R$ 4 bilhões em toda a obra.
O Metrô disse que já recorreu da decisão da Justiça em suspender o processo de licitação.
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