Dos 10 bairros com mais mortes suspeitas e confirmadas de Covid-19, cinco estão na Zona Sul

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Também na Zona Sul há o maior número de mortes a cada 100 mil habitantes: são 77 óbitos por coronavírus a cada 100 mil pessoas


Novo boletim divulgado pela Prefeitura indica que cinco bairros da periferia da Zona Sul estão entre os 10 com mais mortes, confirmadas e suspeitas, por causa do coronavírus: ocorreram 149 mortes no Grajaú, 141 no Capão Redondo, 140 no Jardim São Luís, 130 no Jardim Ângela e 128 em Cidade Ademar.

Também na Zona Sul há o maior número de mortes a cada 100 mil habitantes: 77 óbitos por coronavírus a cada 100 mil pessoas.

A Brasilândia, na Zona Norte, ainda está em primeiro lugar no ranking de mortes: são 185. E a Zona Leste ainda lidera no número de vítimas fatais, com mais de 2.400 mortes, ultrapassando até o Estado do Pernambuco, que tem mais de 2.200 óbitos.

“Infelizmente é um dado triste. Tem a ver com o problema habitacional que temos na cidade, com questão de moradias irregulares. É um problema de alimentação. O vírus escancara a nossa desigualdade social”, disse o prefeito Bruno Covas.

O distrito da Zona Sul com menos mortes é Marsilac, são cinco. Bem ao lado, Parelheiros registra 67 óbitos. Em Cidade Dutra são 97. Tanto em Pedreira como em Campo Grande, são 47 óbitos. Em Santo Amaro, 38. No Jabaquara, 105. No Campo Limpo, 71. No Campo Belo, 56. No Itaim Bibi, 53. E em Moema, 37.

É também na Zona Sul, no bairro do Campo Limpo, onde as mortes por síndrome respiratória mais cresceram: 610% entre 17 de abril e 20 de maio. Nesse período o número de vítimas pulou de 10 para 71.

Entre os dias 30 de abril e 14 de maio, a Zona Sul registrou cerca de 640 óbitos a mais, contabilizando mais de 1.400 mortes. Em 15 dias, pelo menos sete bairros dobraram a quantidade de casos (cerca de 141%):

  • Parelheiros: de 24 para 58 mortes
  • Campo Grande: de 19 para 44 mortes
  • Jardim São Luís: de 55 para 118 mortes
  • Capão Redondo: de 60 para 126 mortes
  • Campo Limpo: de 27 para 56 mortes
  • Santo Amaro: de 16 para 32 mortes
  • Capela do Socorro: de 7 para 14 mortes

“O problema é que temos uma questão histórica na periferia. A região, ao longo de décadas, foi esquecida pelo poder público, é lá que temos problemas sociais muito grandes. Essas regiões, também por ter dificuldade maior no processo de isolamento social, acabaram sendo mais atingidas com a contaminação e óbitos”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.

Nesta terça-feira (26), o Estado de São Paulo chegou a 6.423 mortes, sendo 203 a mais que no dia anterior. Em todo o Estado, há 86.017 pessoas com diagnóstico confirmado para Covid-19 e 12 mil pessoas internadas, sendo 4.779 em UTI e 7.506 em enfermarias. Outras 17 mil pessoas se recuperaram da doença.


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