Zona Sul continua sendo a região de SP com a maior taxa de prevalência para a Covid-19

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A segunda fase de Inquérito Sorológico da Prefeitura mostra que 16% dos moradores da Zona Sul já foram infectados pela Covid-19. Na cidade de São Paulo, são 11,1% de pessoas, ou seja, 1,32 milhão de habitantes imunes contra o vírus. O inquérito ainda mostrou que quem não usa máscara tem três vezes mais chance de ser infectado


A Fase 2 do terceiro Inquérito Sorológico realizado pela Prefeitura para mapear quem já esteve em contato com a Covid-19 mostrou que a Zona Sul ainda é a região com a maior taxa de prevalência para o vírus: 16% dos moradores já foram infectados pela Covid-19.

Comparando cada região da cidade de São Paulo foi possível saber que a Zona Sul só não teve a maior taxa de prevalência na Fase 0, quando registrou 7,5% dos moradores que testaram positivo para o vírus e criaram anticorpos contra a doença. Na Fase 1, a Zona Sul também registrou a maior taxa de prevalência entre todas as regiões: 11%.

No geral, a cidade de São Paulo, na Fase 0, obteve uma taxa de prevalência de 9,5%, com 1,16 milhão de pessoas que já tiveram contato com o coronavírus. Na Fase 1, a taxa subiu para 9,8%, ou seja, 1,2 milhão de pessoas. Agora na Fase 2, a taxa subiu ainda mais indicando 11,1% de pessoas que já tiveram a Covid-19, ou seja, 1,32 milhão de pessoas imunes na capital paulista.

Na Fase 2 do Inquérito Sorológico também foi possível diagnosticar em quais grupos há prevalência da Covid-19:

  • em pessoas com mais de 65 anos (13,9%);
  • em pessoas de cor parda e preta (14,1%);
  • em pessoas que estão desempregadas (15,1%)
  • em pessoas com renda na faixa de Classe E (17,7%);
  • em pessoas que não aderiram ao distanciamento social (25,2%);
  • em pessoas que moram com 5 ou mais pessoas na mesma casa (11,7%);
  • em pessoas que tem apenas o Ensino Fundamental (16,4%), enquanto nas outras fases a maioria nunca tinha estudado.

“O vírus está jogando luz sobre a desigualdade que nós temos na cidade de São Paulo. É 4 vezes maior a incidência do coronavírus na Classe D do que na Classe A, ou seja, quem é mais pobre tem mais chance de pegar o vírus. É mais do que o dobro a incidência do vírus sobre quem tem somente o Ensino Fundamental quando comparado a quem tem Ensino Superior. A população com menos instrução pega mais o vírus na cidade de São Paulo. E a questão da desigualdade racial: quem é da cor preta ou parda tem 60% mais chance de pegar o vírus na cidade do que quem é de cor branca”, reflete o prefeito Bruno Covas.

Para a Prefeitura, é preocupante a taxa de prevalência da Covid-19 em pessoas com mais de 65 anos, que subiu após a reabertura do comércio. “O que pode apontar que membros da família que saíram de casa para trabalhar, jovens, possam ter se contaminado e trazido a doença para os idosos que ficaram em casa. Então nós vamos estabelecer uma estratégia com as equipes de Saúde da Família para acompanhamento e monitoramento específico dos idosos acima de 65 anos”, disse Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde.

A proporção estimada de indivíduos que não tiveram sintomas (assintomáticos) é de 39%, enquanto a maioria (60%) teve sintomas da Covid-19.

Pela primeira vez, a pesquisa trouxe a taxa de prevalência da Covid-19 na população que usa máscara: entre quem usa a proteção sempre que está fora de casa, apenas 9% testaram positivo para o vírus. Para os que “usam a maioria das vezes” a taxa de prevalência sobe para 21,8% e para quem “usa de vez em quando” a taxa cresce ainda mais já tendo atingindo 30,5% das pessoas. “Quem fez isolamento tem 8,5% de prevalência, quem não fez tem 25% de prevalência. Pega 3 vezes mais em relação a quem fez isolamento a quem não fez. O mesmo se observa no que diz respeito a utilização de máscara: a população que utilizou máscara o índice de prevalência é de 9%, a população que não utiliza máscara a prevalência é de 30%, é mais do que 3 vezes mais chances de pegar o vírus”, observa o prefeito.

COVID-19 NAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O prefeito Bruno Covas afirmou que quer um inquérito sorológico exclusivo para crianças e adolescentes, o que pode auxiliar a Prefeitura a tomar decisões para uma volta as aulas mais segura nas escolas.

“Esse inquérito será realizado na Fase 4, paralelo ao 5º inquérito. Eu quero específico para crianças e adolescentes até que a gente possa ter mais dados para embasar a decisão da Prefeitura em relação a volta às aulas, o impacto em relação a transmissibilidade do vírus pelas crianças, como se comportam as crianças em famílias de pessoas sintomáticas, de pessoas que testaram positivo”, disse o prefeito Bruno Covas.

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