Vítor Pereira dá primeiros sinais de eficiência tática e relembra ‘antigo espírito’ de coletividade Alvinegra

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Imagem: Reprodução ESPN

Sob pressão com maus resultados e derrota no clássico, o português conseguiu relembrar que Corinthians x Boca Juniors sempre será um dos grandes clássicos Sul-Americanos


Depois de duras críticas por ter poupado jogadores no clássico contra o Palmeiras no último final de semana, o técnico português Vítor Pereira garantiu mais algumas semanas no cargo do Corinthians e parece ter criado uma eficiência tática na prática.

Para o azar de Vítor, ele aceitou trabalhar como técnico no país em que mais se exige resultado no curto prazo, por aqui não existe essa de ‘tempo de adaptação’, devemos confessar que a cobrança de qualquer torcida de qualquer time do Brasil é surrealmente alta, lembra quando o técnico Abel Ferreira foi alvo de protestos de palmeirenses no ano de 2021, após um 4º lugar no Mundial, Vice-Paulista diante o Tricolor do Morumbi e vice da Recopa diante o Defensa y Justicia (ARG)? É esse nível de exigência que é cultural no Brasil.

Para alegria do Bando de Loucos que lotou o Neo Química Arena na noite de 3ª feira e deram um show nas arquibancadas, Vítor Pereira parece ter recuperado um antigo espírito corintiano: da coletividade acima de tudo!

O Timão, que estreou sua nova camisa em homenagem ao Ano de Ouro de 2012, que venceu a Libertadores em cima do Boca Juniors e o Mundial sobre o Chelsea em campanhas invictas, mostrou que o Todo Poderoso Timão ainda é um calcanhar de aquiles na vida do Boca.

Foi um jogo típico de Corinthians, a posse de bola foi de 41%, contra 59% nos pés dos argentinos, mostrando que ter o domínio da pelota não significa nada para o Timão. A torcida gritou tanto, que sinto que esse Boca Juniors, logo o time que possui o maior caldeirão e pressão de torcida na América Latina (dentro da La Bombonera), se apequenou e sentiu a pressão! Até que criou chances, mas nenhuma autoridade ou lance claro.

Foram 9 cartões amarelos, teve briga de jogadores, discussão, um querendo apitar mais do que o outro, típico jogo de Libertadores.

Não acredito muito em ver o Corinthians sendo campeão em uma competição que tem Palmeiras, Atlético-MG e Flamengo. Mas Vítor Pereira demonstrou sinais daquele Corinthians de 2012, onde não existia brilhantismo individual e sim uma aula tática e emocional e poder virar a página de 5 derrotas em clássicos com uma postura mais madura e nostálgica diante os adversários daqui em diante.

Lembra quando o volante Paulinho subia para o ataque em seus tempos áureos? Pois bem, um tal de Maycon foi a grande sensação da noite. Dono dos dois gols, o Corinthians teve um elemento surpresa que surpreendeu o Boca e até os próprios corintianos. Embora o elejo como melhor em campo, o Corinthians teve uma perfeita harmonia coletiva tática e foi essencial para lavar a alma com esta vitória!

A atmosfera desse jogo mostra o quanto Corintianos e Xeinezes (alcunha dos torcedores do Boca) ainda vivem essa rivalidade, que um dia foi um grande espetáculo de final de libertadores, onde um tal de Romarinho e Emerson Sheik ajudaram a crar a Página de Ouro do Livro do Timão.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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