Surdez em pets: Saiba como lidar com a deficiência

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Não há nada mais preocupante para uma mãe ou pai de pet do que perceber que seu animal de estimação não está bem de saúde. Uma das maiores preocupações está em receber um diagnóstico de um problema que, em alguns casos, pode não ser irreversível, como a surdez, por exemplo.

Embora, cães e gatos possam ser dotados de um sentido auditivo maior do que os humanos, com uma capacidade que chega a 40.000 Hz (hertz) para os cães e até 1.000.000 Hz (hertz) para os felinos, muitos podem ter sua audição afetada no decorrer de sua vida.

A surdez pode acometer pets que tiveram infecções crônicas causadas por bactérias e fungos, ou ainda infecções virais, como a cinomose. Acidentes com queda ou trauma, que também não foram tratados de forma rápida, podem lesionar o nervo auditivo do pet. De acordo com Thais Matos, médica veterinária da DogHero, o diagnóstico de surdez é realizado por meio de exames, radiografias do ouvido e pelo histórico de vida do animalzinho.

“O tutor pode observar se há mudanças no comportamento do pet, como por exemplo, o fato dele ignorar quando é chamado ou quando recebe alguma ordem. Ainda, se está dormindo mais que o normal e não está ouvindo os barulhos da casa, ou seja, quando a família acorda, sai ou chega, pode ser um sinal de problemas com o aparelho auditivo. Quando a causa é por infecção, otite, ácaros, entre outros, observamos alguns sintomas físicos como, dores agudas e evidentes, o pet passa a sacudir a cabeça de modo frequente e coçar a região do ouvido, há presença de crostas na parte externa da orelha, cera negra e a perda de equilíbrio”, afirma Thaís.

A especialista ressalta que pets idosos são propensos à surdez. “No caso dos felinos, por exemplo, existe uma grande probabilidade dos gatos perderem a audição após os 10 anos de vida. Com a idade avançada, além de outros fatores que interferem no bem-estar, o animal de estimação pode ainda ter a audição comprometida”.

Como cuidar? – Mesmo perdendo a audição ou nascendo surdos, os pets podem contar com o sentido do olfato e da visão. “Como o animal não poderá responder aos chamados do seu tutor, então, para que o pet se aproxime, ele deverá ver ou sentir o cheiro da pessoa. Cães são muito bons em recordar aromas que são familiares. Por exemplo, na hora da comida, o tutor só terá que colocar a ração em seu prato e esperar alguns segundos se a ração for úmida ou a comida estiver quente”, orienta Thaís Matos, que especifica três cuidados essenciais com pets, são eles:

Passeios em coleira (para que não se sintam desorientados);
Colocar plaquinhas de identificação (caso se percam por algum motivo);
Treinar os seus sentidos.

Ao cuidar de um pet com surdez, o indicado é que se aproxime sempre devagar, de forma que o animal possa vê-lo com clareza. Se ele estiver dormindo e deseja acordá-lo, nada de movimentos bruscos, o melhor nesta situação é acariciá-lo suavemente e colocar a mão perto do nariz dele, desta maneira o pet irá identificar o cheiro do tutor ou das pessoas da família. Portanto, não é orientado abordar um pet com deficiência auditiva por trás ou de surpresa, pois ele pode se assustar e, automaticamente, atacar.

Veterinário em casa – Mesmo com o desafio atual da volta à rotina, em algumas localidades já está disponível o serviço de veterinário em domicílio, idealizado para facilitar a vida de pais e mães de pets com consultas e vacinação em casa. Se o seu pet apresentar os sinais mencionados ou qualquer outro sintoma que interfira no seu bem-estar, não hesite em buscar ajuda profissional do médico veterinário.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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