Essas tragédias, que acontecem principalmente no verão, deixam diversos moradores sem casa, móveis e sem vida. No total, a cidade de SP tem 481 áreas de risco de deslizamento de terra, segundo a Defesa Civil municipal
Das 32 Subprefeituras da cidade de São Paulo, apenas quatro não tem locais onde há risco de deslizamento de terra (Mooca, Pinheiros, Sé e Vila Mariana). No total, a cidade tem 481 áreas de risco de deslizamento de terra, segundo a Defesa Civil municipal. A Zona Sul da capital paulista é a região com mais locais suscetíveis a essas tragédias, que acontecem principalmente no verão.
O Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura (CGE) calcula que neste janeiro de 2021, historicamente o mês mais chuvoso do ano, as chuvas continuarão na média ou vai chover ainda mais que nos verões anteriores. Dos 31 dias de janeiro, geralmente chove em 24 dias, acumulando 257,5 mm de água.
Na Zona Sul, a Subprefeitura do M’Boi Mirim, por exemplo, tem 60 áreas de risco, estando sujeita a escorregamento (quando o morro vem abaixo) e solapamento (quando a margem de um rio ou córrego cede). As Subprefeituras do Jardim Ângela e Capão Redondo também estão no ranking das regiões mais perigosas.
No último 17 de dezembro, o Ministério Público Estadual iniciou uma ação civil pública contra a Prefeitura de São Paulo para que haja garantia da segurança e moradia digna da população mais vulnerável.
A Prefeitura disse que vai se manifestar em juízo “no momento oportuno”, após o recesso do Poder Judiciário.
No ano passado, 22 Subprefeituras receberam novos mapeamentos de áreas de risco, realizados pela Defesa Civil. Até o dia 15 de dezembro, no entanto, seis Subprefeituras (Cidade Ademar, Campo Limpo, Casa Verde, Freguesia do Ó/Brasilândia, M’Boi Mirim e São Mateus) ainda não haviam recebido o documento que avalia e classifica as áreas em que podem ocorrer escorregamento de encosta e solapamento da margem de rio ou córrego.
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