Seu olho lacrimeja demais?

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Especialista do Hospital CEMA esclarece as principais causas do excesso de lágrimas, algo que pode ser mais comum do que se imagina


Muito além de uma demonstração emocional, a lágrima tem um papel essencial na saúde dos olhos. Ela é responsável por lubrificar a superfície ocular e auxiliar na transparência da córnea. No entanto, algumas pessoas podem apresentar lacrimejamento excessivo e conviverem com isso por anos, sem saber por que. Porém, por trás desse “excesso de lágrimas”, podem estar processos irritativos e mesmo doenças mais graves. “Na maior parte dos casos, o que ocorre é uma obstrução na porção baixa do sistema de drenagem da lágrima, que é produzida no canto lateral superior pela glândula lacrimal e escoada no canto medial dos olhos por um sistema de canais e ductos, que leva as lágrimas para a região interna do nariz. Quando ocorre essa obstrução, há um lacrimejamento em excesso”, explica a oftalmologista especialista em cirurgia palpebral e vias lacrimais endonasal do Hospital CEMA, Dra. Rita de Cássia Lima Obeid.

Entre as principais causas do desconforto estão a presença de corpos estranhos, processos irritativos e doenças da córnea e da superfície ocular. A obstrução das vias lacrimais baixa, que se caracteriza pelo lacrimejamento, muitas vezes seguida de secreção e conjuntivites de repetição, é mais frequente nas mulheres devido a alteração anatômica. “Essa mudança ocorre, geralmente, por volta dos 60 anos, com maior incidência na pós-menopausa”, observa a Dra. Rita. Além das causas citadas, sinusites de repetição, traumas da face, cirurgias nasais, doenças sistêmicas e tumores também podem causar lacrimejamento excessivo.

No caso das obstruções da via lacrimal baixa, grande parte das pessoas que apresentam o problema podem ter com frequência contaminação bacteriana, ocasionando quadro inflamatório intenso e agudo, com formação de abscesso doloroso no canto medial dos olhos. Quando ocorre esse quadro clínico, o tratamento é exclusivamente cirúrgico. O procedimento pode ser feito por via externa (técnica convencional utilizada por grande parte dos médicos) ou a endonasal (interna), que é uma técnica bem superior a convencional. “A principal vantagem da técnica via endonasal é a ausência de cicatrizes e possibilidade de que o paciente volte para suas atividades mais rapidamente”, detalha a especialista.


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