São Paulo dá o primeiro passo para ter um Fundo Soberano Paulistano

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Iniciativa da vereadora Janaína Lima (MDB) foi aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na quinta-feira (21/12), em segunda votação, uma emenda ao orçamento municipal, de autoria da Vereadora Janaína Lima (MDB), que cria uma dotação específica destinada à implementação do Fundo Soberano Paulistano. Pela proposta da Vereadora Janaína Lima, o futuro Fundo Soberano poderá receber 0,20 do orçamento da cidade, que prevê gerar R$ 1 bilhão nos próximos 4 anos.

A cidade de São Paulo prevê operar em 2024 um orçamento recorde de R$110,7 bilhões, um dos maiores orçamentos do país. O Fundo Soberano Paulistano tem por objetivos investir em segmentos estratégicos como inovação, tecnologia e ESG, visando o perfil de empresas com potencial de ganho de escala, independente do estágio que o negócio se encontra. O fundo tem o potencial de ser um instrumento crucial para fortalecer a economia local, impulsionar investimentos em inovação e tecnologia, garantindo assim um futuro próspero para as gerações vindouras.

Os fundos soberanos, que a cada dia ganham mais espaço no ecossistema atual, são fundos de investimentos criados e administrados por governos, que têm a função de gerir recursos de maneira eficiente e desburocratizada, tendo maior rentabilidade e o resultado é reinvestido em áreas essenciais para a população.

A maior inspiração se encontra no Fundo Soberano Norueguês, que possui uma carteira de US$ 1,4 trilhões de dólares, com investimentos em mais de 9.000 mil empresas espalhadas pelo mundo, como a Apple, Samsung, Nestlé, Itaúsa, Magazine Luiza e Petrobras que contam com alguns de seus investimentos.

Para se ter uma ideia, o Fundo Norueguês obteve lucro de US$ 143 bilhões de dólares apenas no primeiro semestre de 2023, alavancado pelo setor de tecnologia. O lucro do Fundo Norueguês é reinvestindo na sociedade, o que se traduz no melhor Índice de Desenvolvimento Humano do Mundo.

O FSP vem somar a outras iniciativas como o Fundo Soberano do Brasil, vinculado ao Ministério da Fazenda, que recebeu aporte inicial de R$ 14 bilhões; e o Fundo da cidade de Maricá (RJ) e do estado do Espírito Santo (ES), cujos recursos provêm dos royalties do petróleo e gás natural.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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