Com a calçada em reforma, pedestres têm que passar pelo meio fio, entre a calçada e a avenida, porque nenhum espaço seguro foi reservado, temporariamente, para as pessoas. Na Zona Sul, moradores têm reclamado também que a Prefeitura está reformando calçadas que já receberam melhorias recentemente
Moradores de Moema estão reclamando nas redes sociais sobre a reforma de uma calçada de um condomínio em construção na Av. Ibirapuera, 1891.
O problema é que o espaço da calçada está esburacado e nenhuma área foi reservada, temporariamente, para que pedestres e pessoas com mobilidade reduzida passem por ali. O único jeito, então, é transitar ao lado dos carros.
“Obra na avenida Ibirapuera, 1891, sem calçada, o pedestre tem que andar na avenida em meio ao trânsito? Hoje vi uma pessoa de idade desviando pelo meio fio entre o trânsito da avenida Ibirapuera. Ao lado de uma avenida com tráfego intenso, precisaria ter opção segura de passagem, nem que fosse por obstrução de parte da avenida”.
A MV Soluções em Obras, empresa responsável pela construção do condomínio, não respondeu a reportagem.
A Subprefeitura Vila Mariana informou que fiscalizará a obra até a próxima semana. “A legislação vigente prevê que quando há necessidade de tapume, este só pode ocupar um terço do passeio. Nos casos de reparo na calçada, é obrigatório deixar espaço para o pedestre, com sinalização. O desrespeito às normas é passível de multa”, disse a Prefeitura.
LEI EMERGENCIAL DAS CALÇADAS
Alguns moradores da capital paulista têm reclamado também das obras em calçadas feitas pela Prefeitura. Muitos afirmam que, além de não terem sido avisados das obras, a gestão municipal está reformando calçadas que não precisam de reforma, pois já receberam melhorias recentemente.
Na Zona Sul, uma casa que teve a calçada reformada está com um desnivelamento de 60 centímetros entre a calçada e o portão. “Ninguém foi informado previamente e a obra, além de mal feita, está tirando o acesso as nossas casas, porque a rua tem muito declive”, reclama um morador da Av. Interlagos.
O Programa Emergencial das Calçadas da gestão municipal previa um gasto de R$ 400 milhões em obras em toda a cidade. Porém, novos dados definem que serão investidos R$ 140 milhões em 1,5 milhão de m² de calçadas até o final deste ano.
A Prefeitura informou que “já foram requalificadas mais de 827 mil m² de calçadas entre janeiro de 2019 e julho de 2020 e outros 651,6 mil m² estão em execução e 4.000 mil rampas de acesso estão sendo construídas. As rotas definidas pelo Plano Emergencial de Calçadas (PEC) identificaram calçadas públicas e privadas em toda a cidade. Foram selecionadas calçadas com grande fluxo de pedestres e na proximidade de comércios, escolas e hospitais, cujos reparos impactarão positivamente a população”.
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