Profissionais da saúde protestam em hospital da Zona Sul contra privatizações da Prefeitura

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Após protestos no Hospital do Campo Limpo, que teve a privatização cancelada por irregularidades, profissionais da Saúde fizeram manifestação em frente ao Hospital Saboya, no Jabaquara. Segundo o Sindicato, o repasse da unidade para a iniciativa privada já está em andamento


No dia 14 de acordo, profissionais da saúde e integrantes do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) realizaram um protesto, em frente ao Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara, contra as privatizações das unidades de saúde da capital.

“A ideia é alertar a população, servidores e usuários dos serviços públicos que o prefeito Bruno Covas está num processo aceleradíssimo na boca de uma eleição de soltar tanto dinheiro público para organizações sociais e setor privado também. Está fazendo isso também na Educação. Nunca vimos tanto dinheiro saindo para setores privados, como o Hospital Albert Einstein, que vende serviços. O contrato do Hospital do Campo Limpo subiu de R$ 14 milhões para R$ 114 milhões, e esse valor é até dezembro. E aqui [Hospital Saboya] já está chegando à conversa de terceirização”, disse o presidente do Sindsep, Sérgio Antiqueira.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informou que “o Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya é uma Unidade da administração direta. O órgão ressalta que o boato é uma ação criminosa do Sindicato”.

No Hospital do Campo Limpo, foram realizados dois protestos contra a terceirização que foi barrada pelo Tribunal de Contas do Município, que apontou várias irregularidades na privatização:

  • prazo de vigência do contrato;
  • ausência de chamamento público;
  • possibilidade de “emergência fabricada” para terceirizar os atendimentos;
  • falta de documentos que comprovem a vantagem da Prefeitura para terceirizar o serviço.

O contrato de R$ 114 milhões, assinado com a Organização Social Albert Einstein, foi então suspenso pela Prefeitura.

A Secretaria Municipal da Saúde disse que discorda da decisão, mas que vai esclarecer os questionamentos do TCM. Afirmou também que o contrato para gestão do pronto socorro do Hospital foi firmado para garantir atendimento aos moradores, que procedimentos médicos serão diretamente afetados e que a suspensão também vai influenciar o aumento de cirurgias emergenciais da unidade.


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