Professora Denise Duarte incentiva mulheres a lutar contra o câncer de mama com sua história

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A professora Denise exibe sua coleção de chapeu e peruca sorridente!

É doloroso o diagnóstico da câncer maligno. Mas dá para vencer e voltar a vida com alegria e disposição!


Estamos chegando ao fim do icônico mês especial, o Outubro Rosa, que já virou tradição e cultura no combate e prevenção ao câncer de mama. Infelizmente, o câncer está aí e pode acontecer com qualquer um. Felizmente, a medicina avançou, a ponto de ter histórias, como da Professora de Evolução do Pensamento Administrativo da Unip, Denise Duarte, superar um câncer de mama maligno!

A professora Denise conta ao Grupo Sul News que passou por um tratamento de 10 anos, e que viveu uma montanha-russa de emoções, choros e superação. Minha família tem um longo histórico de parentes com câncer. Por isso sempre fiz exames de prevenção anualmente. Mas naquele ano de 2011 eu não fiz”, conta.

Parece até combinado, sabe quando está tudo tranquilo demais que parece que tem algo errado? “Em abril de 2011, com 48 anos, tive um problema, eu usava sutiã de óleo e o meu mamilo retraiu. Achei que era por conta do sutiã e a ginecologista me mandou fazer os exames, isso numa quinta-feira”, disse Denise, que lembra exatamente a reação da médica: “Ela pediu um café, deixou na mesa e veio ao meu lado. Fiquei preocupada e disse para tomar o café antes que esfrie. Nem passou absolutamente nada na minha cabeça e ela falou que meu resultado foi um Bi-Rads 4 [escala usada no resultado de mamografia], e que eu poderia seriamente ter um câncer de mama.

A semana se tornou num turbilhão de pensamentos em Denise, pois ela, que já sofria de enxaqueca crônica desde a infância, sofreu durante toda a sexta-feira, onde era dia de aplicar uma prova aos alunos. “Liguei para a coordenadora e ela disse pra não ir a aula pois ela mesma daria a prova”.

Ao consultar um mastologista, na segunda-feira, “por um médico muito grosseiro”, Denise descobriu a possibilidade de ser câncer maligno. “Nesse momento liguei para uma amiga e resolvi marcar uma consulta com o Dráuzio Varella. A consulta com ele foi um divisor de águas. Super atencioso, ele me acalmou sensivelmente, pois entrei muito mal na consulta e saí muito bem. Pagaria 5 vezes o valor que paguei”, relembra.

A professora passou então a ganhar uma nova rotina em sua vida, com o objetivo de vencer com saúde e alegria. “Em todos esses anos, eu só chorei da quinta-feira, que fui ao ginecologista, até segunda, depois chorei quando descobri que era câncer maligno, pois tinha um fio de esperança que não fosse”.

No momento em que saiu o resultado de que era maligno, o médico propôs que Denise escolhesse entre retirar as duas mamas, ou retirar apenas a que estava com o câncer. Depois de algumas discussões, optaram por tirar somente uma. “Nisso fui informada que seria a última vez que iria menstruar, pois ia entrar na menopausa química. Além disso fui informada que ia perder os cabelos, informando que foi uma fase de transformação em sua vida.

A compra de chapéus, perucas e lenços não foi de forma melancólica, como se fosse a vítima da história. “Deixei curtinho [o cabelo] e coloquei peruca. Eu contei do câncer para Deus e o mundo, só não contei para os alunos, que não perceberam que era peruca. Até que no último dia de aula eu tirei a peruca e contei tudo”.

Quem passa por isso, pode lidar de maneira mais fria, mas pessoas próximas vendo alguém sofrer com o mal do câncer pode ser muito mais doloroso do que Denise podia imaginar. “fiz uma festa de aniversário e tirei a peruca. Nossa, todos desmaiaram. O meu marido quis cortar o meu cabelo com a máquina, pensei que tinha que chorar, mas para mim foi a melhor sensação da minha vida, eu simplesmente esqueci de chorar!”

O tratamento envolve a primeira fase com quimioterapia, ao qual Denise engordou mais de 17 kg com o remédio. “Me disseram que não podia me mover, então tive de fazer fisioterapia para voltar a mexer o braço”. Depois da quimioterapia, veio a radioterapia, ao qual é mais danoso a saúde da paciente.

“A quimioterapia eu dava aula normal, mas a radioterapia me dava lerdeza, não conseguia trabalhar, não queria sair de casa, apenas dormir. Fiquei muito tempo de mau-humor, com finais de semana na cama”, disse sobre a pior fase do tratamento.

Os médicos alertaram que seriam 32 sessões de radioterapia. “O radiologista era chato, meu braço doía muito, levantava pouco, até que a 27º sessão foi a última. Parecia que ganhei na loteria. Tudo durou 1 ano, acabou em abril de 2012”.

A professora alto astral demorou dois meses para retornar ao médico, lembrando que levou uma bronca por conta disso. “Depois começou o processo de hormonioterapia. O normal é um tratamento com remédio por 5 anos, mas o meu caso foi especial e durou 10 anos”, lembrando como foi engordar 17 kg pelos efeitos do remédio, com enxaqueca constante. “A hormonioterapia acabou 6 meses antes do esperado. Cheguei a perder 5 kg só pelo fato de parar de tomar o remédio”, finaliza.

Denise é uma das milhares de histórias de superação para quem tem que lidar com o câncer de mama. “Sou super cabeça aberta. Coloquei o silicone em uma das mamas para equalizar o tamanho. Sempre dou a orientação aos médicos para passarem o meu contato para pacientes que tenham de lidar com o câncer para que eu possa mostrar que não é o fim ainda!”


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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