Primeira-dama entra na Linha com Costureiras

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Capitã da PM Fernanda Pavão, ao lado, mãe da administradora do Lar, Luciana Garcia, e sua xará Luciana Vieira; e Marcos Gualda.
Capitã da PM Fernanda Pavão, ao lado, mãe da administradora do Lar, Luciana Garcia, e sua xará Luciana Vieira; e Marcos Gualda.

Entre agulhas e retalhos, Luciana Garcia cresceu dentro da empresa familiar com 38 anos de tradição


Costurando laços com entidades sociais, a primeira dama do Estado de São Paulo, Luciana Garcia, visitou o Lar da Paz, ONG que fomenta a capacitação profissional de costureiras e peças de artesanato, além de arrecadar e distribuir doações de cestas básicas. Com base na rua Chafic Maluf, n.º 400, o objetivo da organização é transformar o atual espaço, cedido pela Prefeitura, em Centro de Convivência para o Idoso, com bailes de dança e amparo afetivo.

A instituição nasceu em 2003, passou por outras regiões, mas sempre fomentando ações na zona sul. Para Luciana Vieira, responsável pela administração, a presença da primeira dama fortalece a ascensão do Lar: “Ela ter um olhar para as pequenas entidades é de extrema importância. Nós também queremos ser grandes. Hoje atendemos 110 famílias com a doação de cestas básicas, capacitação profissional, cursos de moda, atividades de bem-estar como Yoga e Dança”, comentou.

A mentora do Lar, Sebastiana Vieira Ramos, avó de Luciana, e seu pai, Jurandir Vieira, ambos falecidos, combatiam a fome e as desigualdades sociais antes da efetivação do Lar. Luciana, que concretizou o projeto, pontua que o próximo desafio: “é atingir a demanda social da população idosa, maioria aqui na região. Queremos trazer aulas de dança para a terceira idade, transformando o espaço para receber o Centro de Convivência do Idoso”, finaliza a liderança, que já organiza bailes esporádicos desde 2006.

Contemporânea aos temas atuais, Luciana Garcia, primeira-dama e presidente do Fundo Social de SP, está preocupada com a redução dos danos causados pela indústria têxtil ao meio ambiente: “A gente tem sempre na indústria da moda, ter essa preocupação com o impacto ambiental. Com a reutilização de materiais, como retalhos, que podem ser doados para instituições; peças já utilizadas que vão para reutilização, são personalizadas. Está muito forte no mercado da moda fazer uma peça a partir de outra. Ser sustentável”, e continuou: “Minhas peças pessoais eu levo em uma costureira de bairro para fazer reparos”, diz.

“Minha filha inclusive é consumidora de brechós. Tenho duas, uma de 22 e 25 anos. Elas só compram em brechó, e só roupas com reaproveitamento de tecidos. Pegam cortinas, lençóis e reaproveitam. Bem bacana!”.

Foto: A3 Agência de Imagens
Luciana Vieira, idealizadora do projeto Lar da Paz e sua xará Luciana Garcia, presidente do Fundo Social do Estado de São Paulo

Questionada sobre a presença de homens nos espaços de costura, Garcia observa que: “Na parte de confecção não, mas no almoxarifado e no escritório sim. Recentemente em uma visita ao Paraisópolis, conheci um homem que está empreendendo com peças plus size. Ele estava super feliz por fazer a própria confecção. Empreender!”, comenta. E indica que para tirar do papel o próprio negócio: “A primeira coisa é fazer um curso de capacitação da moda. O Fundo Social oferece cursos básicos e avançados de formação profissional e empreendedorismo”, finaliza.

Débora Gomes, que concluiu o curso de corte e costura no início deste ano, saiu de casa para espairecer a mente e encontrou no Lar a motivação que precisava: “Eu estava com receio de entrar em depressão após uma cirurgia. Então minha cunhada enviou um link de como fazer a inscrição. Fui na intenção de não fazer, só de passear e distrair a cabeça. Chegando aqui, me encantei!, disse.

“Não tenho renda financeira da costura. Faço pequenos reparos para minha filha ou para que estiver precisando. Receber a Luciana Garcia, ainda mais ela que tem empresa, isso incentiva muito outras mulheres que estão passando por depressão ou buscando a independência financeira. Eu espero que com essa visita e divulgação, outras possam encontrar saídas como eu”, finaliza.

As aulas de Corte e Costura acontecem de segunda, terça e quarta-feira, com turmas matutinas e vespertinas. O espaço está aberto para receber visitas, doações e trabalho voluntário.


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