Por um programa efetivo de geração de emprego aos jovens

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Um dos assuntos em debate sobre a empregabilidade é o dispositivo que irá prorrogar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores, que empregam mais de 6 milhões de pessoas. Novamente, o País está diante de uma proposta que não resolverá os problemas da geração de emprego – situação agravada por conta da Covid-19. Falta um projeto que contemple a retomada da economia e criação de postos de trabalho.

Enquanto dirigente de uma entidade, que zela pela qualificação e empregabilidade do jovem, não posso aceitar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. A diferença da taxa de desemprego dos 18 aos 24 anos e da média da população atingiu 16,4 pontos percentuais no segundo trimestre de 2020.

A entidade propôs uma Medida Provisória, encaminhada ao Ministério da Economia, que prevê a abertura de até 400 mil vagas para aprendizes. A proposta sugere o auxílio do governo no pagamento do salário dos aprendizes e o investimento seria de R$ 6 bilhões, ou 0,5% do orçamento do Governo Federal destinado à pandemia.

Segundo levantamento do CIEE, o custo de um aprendiz é de R$ 30 mil em um contrato de dois anos. Vale lembrar que, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ONG, o impacto dos aprendizes na economia é de R$ 5,6 bilhões anuais. Entretanto, a proposta continua aguardando análise.

Considero importante iniciativas para preservar empregos, mas também reforço a necessidade de implementar políticas de geração de emprego e renda, além de políticas educacionais, que sejam efetivas para mudarmos o quadro desta geração, como garantia de um futuro promissor para a nação.

HUMBERTO CASAGRANDE é CEO do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE

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