Por que o machismo faz mal para sua empresa?

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Segundo o documentário “O silêncio dos Homens”, o índice de suicídio é quatro vezes maior entre os homens do que as mulheres. A ideia de que o másculo é mais valioso do que o feminino causa a sensação de superioridade, levando alguns homens a oprimir e agredir mulheres e homossexuais. Tudo isso afeta a maneira como interagimos no dia-a-dia.

Na esfera corporativa, o machismo pode custar caro. Segundo o Ministério do Trabalho, a cada hora, um caso de assédio sexual é levado à Justiça no Brasil. Para a Justiça, as empresas são responsáveis por manter o ambiente de trabalho saudável, seguro e livre de qualquer violência. É bastante comum o juiz ressaltar que a empresa “acobertou” o assédio ou “nada fez para impedi-lo”. Assim, o assédio sexual no ambiente de trabalho, além de causar danos incalculáveis para a vítima, também é danoso para a reputação e cofres da empresa – o desfalque pode chegar a R$ 280 mil.

Segundo a Bloomberg, a Uber foi condenada a pagar US$ 1,9 mil em indenizações para um total de 56 vítimas de assédio sexual e moral. Em outro processo coletivo de discriminação salarial, foi decretado que a empresa pagasse para aproximadamente 500 mulheres e pessoas pertencentes a minorias, por volta de US$ 11.000 para cada vítima.

Segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT), as mulheres lideram a taxa de desemprego, trabalham mais horas que os homens e apenas 48% delas possuem trabalhos formais, contra 72% dos homens. A igualdade de gênero tem o potencial de gerar US$ 2 trilhões para a economia da América Latina até 2025.

Nestes tempos, as pessoas estão começando a compreender que a desigualdade entre gêneros não é algo a ser tolerado. A desconstrução de valores tóxicos e antigos sobre a masculinidade é uma vitória para os homens, mulheres, sociedade e economia.


SILAINE STÜPP é especialista em diversidade de gênero, palestrante, profissional de marketing, fundadora e CEO da HerForce

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