Paróquia do Itaim Bibi promove encontros entre contratantes e empregadas domésticas em busca de emprego

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A Agência Santa Zita funciona de forma voluntária há 20 anos conectando quem precisa de trabalho a quem está na busca de uma prestadora de serviços do lar. Em média, toda semana cerca de 70 mulheres comparecem à Paróquia Santa Teresa de Jesus procurando uma vaga de emprego


Há pelo menos 20 anos, toda terça-feira, a Paróquia Santa Teresa de Jesus, no Itaim Bibi, tem um movimento que vai além da área espiritual. Ali, também funciona a Agência Santa Zita: uma agência de empregos domésticos que conecta quem precisa de trabalho a quem está na busca de uma prestadora de serviços do lar.

Quando chegam, tanto candidatas quanto contratantes preenchem uma ficha. É preciso descrever bairro onde moram, experiências e referências, o tipo de serviço que procuram, horas disponíveis, pretensão salarial.

Então, as voluntárias da Agência Santa Zita analisam e encaminham candidatas e contratantes para as entrevistas, para que a conexão seja mais certeira. A própria contratante comanda a entrevista para saber se aquela candidata tem as qualificações para o trabalho.

Em média, toda semana cerca de 70 mulheres comparecem à Paróquia Santa Teresa de Jesus procurando uma vaga de emprego. Mas, segundo Maria Augusta Bruschini, coordenadora da Agência Santa Zita, isso nem sempre foi assim.

“Teve época que a gente tinha muita patroa e poucas funcionárias. Hoje em dia é o oposto total: já tivemos 110 funcionárias e 10 patroas; mas quando vem cinco a gente agradece. Nossa média caiu muito e eu entendo isso de várias maneiras: as famílias diminuíram, se antes eram quatro filhos, hoje em dia é um filho, quando se tem…; agora as crianças começam a ir pra escola com um ano e meio, então não precisa mais de babá; tem muitos serviços que oferecem comida em casa; e o principal, eu acredito, foi o e-social, então agora muita gente está só como diarista”, explica.

O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, conhecido como eSocial, foi instituído em 2014 para que os empregadores informem ao Governo informações sobre seus empregados, como vínculo, folha de pagamento, contribuição previdenciária, etc.

Em 2015, através da PEC das Domésticas, as empregadas domésticas passaram a ter direitos estabelecidos por lei: salário mínimo nacional; jornada de trabalho de 44 horas semanais, sendo, no máximo, 8 horas diárias; adicional noturno; intervalos para descanso; alimentação; FGTS; seguro-desemprego; entre outros. “O que mudou foi isso: antigamente, as candidatas queriam registrar e as patroas não. Agora, as patroas querem registrar de todo jeito e muitas delas não querem”, explica a coordenadora da Agência.

Na Agência Santa Zita, a maioria das contratantes estão nos bairros do Morumbi, Moema, Itaim Bibi e Jardins. As candidatas estão espalhadas por toda a cidade. “As candidatas não fazem questão da condução, elas querem trabalhar. As vezes ficam duas horas no trânsito, mas elas querem trabalhar”, diz Maria Augusta Bruschini.

Entre os serviços mais procurados estão justamente de diaristas e mensalistas, mas, no geral, a Agência Santa Zita tem todos os tipos de candidatas: babá, cozinheira, passadeira, arrumadeira, faxineira, serviços gerais. Também há procura por homens para os seguintes serviços: motoristas, caseiros, cuidador.

Quem está à procura de trabalho e quem procura por uma prestadora de serviços domésticos, pode comparecer todas as terças-feiras na Paróquia Santa Teresa de Jesus, das 8h30 às 11h30; na Rua Clodomiro Amazonas, 50 – Itaim Bibi.


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