Palmeirenses vivem conto de fadas com Abel Ferreira podendo superar marca histórica de Telê Santana

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Telê conquistou duas Libertadores consecutivas, mas na terceira foi vice nos pênaltis. Campanha de Abel mostra desejo do clube Alviverde em conquistar o que parecia inconquistável: Três Libertadores consecutivas


Em entrevista realizada em um dos mais prestigiados programas jornalísticos da TV brasileira, o Roda Viva, da TV Cultura, o técnico português Abel Ferreira, icônico treinador que está levando o Palmeiras para outros patamares, admitiu que tem idolatria por um grande técnico brasileiro, mas que fez grande história no time, que é arquirrival e vizinho de CT, um tal de Telê Santana, que só comandou uma das eras mais vitoriosas do Tricolor do Morumbi entre 1991 e 1994.

Um dos grandes marcos de Telê Santana está, sem dúvidas, no bicampeonato da Libertadores, em 1992 e 1993, mas que só não virou Tri consecutivo, pois foi vice, em disputa por pênaltis, contra o Vélez Sarsfield, em 1994.

Abel Ferreira chegou no Palmeiras já com o bonde andando em 2020, mas foi o técnico que estava comandando o Palestra Itália nas fases finais, onde venceu o Santos em um inédito clássico paulista na final da Libertadores, com gol de Breno Lopes pra lá do Deus me Live dos acréscimos.

Abel e todo o elenco do Palmeiras parece que percebeu que o momento atual é uma oportunidade de ouro de colocar esse time, liderado pelo português, como o maior clube brasileiro em Libertadores, em toda a história.

Veja bem, Telê Santana, entre as campanhas de 1992 a 1994: 30 jogos, sendo 14 vitórias, 7 empates e 7 derrotas. É de se considerar que naqueles tempos a Libertadores era menor, e só iam o Campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão (e o campeão da Libertadores, no caso o São Paulo), e outra curiosidade estava no fato do atual campeão não participar da fase de grupos, indo direto para as oitavas de final, fazendo com que Telê tivesse menos jogos do que Abel.

Já que Abel tem o mestre Telê como grande mentor de sucesso, estamos presenciando o surgimento do momento em que um pupilo (Abel Ferreira) poderá superar seu mestre (Telê Santana), conseguindo o que aquele São Paulo não conseguiu por um pênalti, o tricampeonato da Libertadores em sequência.

Em 1992, o São Paulo teve 14 jogos, 8 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. O Palmeiras de 2020 teve 13 jogos, 10 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota, com direito a ganhar do Santos em um super clássico paulista na final.

Telê sofreu pra ganhar a primeira… nas oitavas pegou um surpreendente Criciuma, que deu muito trabalho, empatando em 1×1 e vencendo por 1×0, suficiente para abrir 3×0 contra o Barcelona (EQU), mas sofrer um susto na volta, tomar 2×0, mas se garantir na final. Lembra do susto contra o River Plate (ARG)? Foi um avassalador 3×0 no Monumental de Nuñez, e um apagado Palmeiras na própria casa, tomando 2×0 fazendo o torcedor quase morrer do coração.

Telê ganhou nos pênaltis o título inédito contra o Newell’s Old Boys, após ambos ganharem cada partida por 1×0, foi um sufoco nas emoções dos tricolores, tanto quanto o Palmeiras evitar as penalidades ao vencer o Santos em um dos últimos lances do jogo.

Em 2021, o Palmeiras passou por 3 clubes brasileiros para sagra-se campeão das Américas (reflexo da grande discrepância de investimentos na América Latina). O São Paulo foi uma das vítimas, em placar apertado por 1×1, os palmeirenses devolveram 2 eliminações pelo tricolor com um impressionante 3×0 no Allianz Park. Atlético-MG e Flamengo, os grandes bichos papões do momento, foram as vítimas alviverdes, que ganhou com estilo as Américas pela 3ª vez, e a 2ª de Abel Ferreira.

Agora o Palmeiras parece estar disposto a conquistar aquilo que bateu na trave pro Telê, o tricampeonato consecutivo! Em toda a campanha de 2021 na Libertadores, o Palmeiras fez 29 gol pra ser campeão. Só em 6 jogos de mata-mata neste ano de 2022, o “retranqueiro” Abel consolidou o Palmeiras com incríveis 25 gols, abalando a moral de todos os adversários.

Na Libertadores de 1994, Telê Santana classificou direto para as oitavas. Pegando justamente o Palmeiras, empatando em 0x0 no saudoso Parque Antártica, mas fazendo 2×1 no Morumbi. É impressionante como o São Paulo, mesmo sendo um super time, oscilava muito de rendimento fora de casa, mas que massacrava no Morumbi (esse ano continua a mesma história). Telê sabia como ninguém colocar o regulamento em baixo do braço e falava aos adversários: “no Morumbi a gente conversa…”

A final de 1994 não deu. Depois de dois placares de 1×0 pra cada, o Vélez Sarsfield derrotou aquele que parecia imbatível: o São Paulo do Telê. Agora vem o mata-mata da Libertadores e eu te pergunto… Será que alguém vai conseguir ter a ousadia de derrotar aquele que parece imbatível? O Palmeiras do Abel?

E devo confessar que este é o melhor Palmeiras dos últimos 3 anos, tem que ter um preparo e psicológico muito grande, mesmo tendo Flamengo, River Plate e Atlético-MG, o Verdão parece estar disposto a atropelar tudo e todos. Se Abel superar o bicampeonato e vice de Telê com um tricampeonato seguido, pode mandar fazer uma estátua de ouro pra eternizar aquele que pode superar o que parecia insuperável!


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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