Operação no Parque Linear Nove de Julho visa coibir soltura de animais domésticos de criação na área

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A criação de animais em parques pode resultar em várias infrações e irregularidades

Secretaria do Verde e Meio Ambiente reforça que é proibido deixar bois e cavalos soltos no espaço


Na terça-feira (6), as divisões de Patrimônio Ambiental, Fiscalização Ambiental e Gestão de Parques Urbanos realizaram uma ação fiscalizatória no Parque Linear Nove de Julho para a remoção do uso indevido do local para pastagem de animais de grande porte (bovinos e equinos), de um criador vizinho da área verde. Nesta operação, a equipe fez o flagrante do manejo por parte do criador do rebanho. Ele recebeu um prazo de 48 horas para retirar os animais, sob pena de multas diárias a partir de R$ 1.000,00 por ocorrência registrada.

Essa é apenas uma medida adicional em relação a muitas outras já desenvolvidas ao longo do tempo para coibir essa prática no parque, que envolveu inúmeras orientações para que esses animais não fossem soltos no espaço e após se esgotarem as tentativas de diálogo, houve comunicação ao Departamento de Zoonoses, notificação administrativa por ocupação irregular, além do registro de boletins de ocorrência e comunicação ao Ministério Público. Todos tramitando conjuntamente.

O Parque Linear Nove de Julho foi estabelecido pelo Decreto nº 49.446/2008 nas margens da Represa de Guarapiranga e abriga uma rica biodiversidade, com cerca de trezentas espécies de animais, incluindo dezenas de aves migratórias e ameaçadas de extinção.

A área verde é uma várzea, sujeita naturalmente a inundações sazonais, e serve de habitat para milhares de ninhos que são formados durante o período de reprodução da fauna silvestre, de setembro a março. O parque ainda representa um remanescente significativo das paisagens típicas que existiam em São Paulo até meados do século XX, semelhantes às encontradas nas várzeas dos Rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí, que eram conhecidas como “pantanais paulistanos”.

“É essencial evitar ocupações nessas áreas alagadiças, bem como pisoteio intensivo de animais, que além de prejudicar os ecossistemas locais, deixam um imenso rastro de sujeira pelas áreas de convívio e uso social, além de muito esforço de limpeza diária”, afirma Vinicius de Souza Almeida, diretor dos parques urbanos municipais.

A criação de animais em parques pode resultar em várias infrações e irregularidades. Os munícipes podem denunciar as práticas irregulares nos canais pertinentes (153 da GCM-Ambiental e 156 – Portal de Atendimento da Prefeitura de São Paulo).


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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