Moradores do Itaim Bibi e região reclamam da proliferação de pernilongos

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O número de queixas no Portal da Prefeitura subiu de 331 em agosto para 520 nas duas primeiras semanas de setembro. Muitas queixas surgem de pessoas que moram próximo ao Rio Pinheiros já que, segundo especialistas, o calor ajuda na proliferação de pernilongos comuns, principalmente perto de águas poluídas


Moradores do Itaim Bibi e de outros bairros da cidade de São Paulo estão reclamando da proliferação de pernilongos. O número de queixas registradas no serviço 156 da Prefeitura subiu na primeira metade do mês de setembro, na comparação com os meses anteriores: em julho foram 331 reclamações; em agosto, 221 e nas duas primeiras semanas de setembro foram mais de 520 reclamações sobre a proliferação de mosquitos.

“Matei 40 no meu quarto somente a noite que passou. Lamentável isso” e “Nunca vi tanto mosquito. Os aparelhos da tomada não estão dando conta” são alguns dos relatos feitos em grupos de redes sociais que reúnem moradores do Itaim Bibi e região.

Com o aumento do número de mosquitos, também aumenta a procura por repelentes. Muitas pessoas reclamam que os mercados e farmácias não tem mais produtos para oferecer aos clientes. “Um dia matei mais de 20 no meu quarto!! Não acho repelente de tomada pra vender”, diz uma moradora.

Muitas queixas surgem de pessoas que moram próximo ao Rio Pinheiros. Segundo especialistas, os dias de calor ajudam na proliferação de pernilongos comuns, principalmente perto de águas poluídas. “O [rio] Pinheiros é um dos maiores criadouros na cidade de São Paulo. Essa espécie se desenvolve nesses ambientes aquáticos com bastante matéria orgânica, que são os dejetos lançados no rio”, explica o biológo da USP, Paulo Urbinatti.

“Experimentem pedalar na ciclovia na margem do rio as seis da tarde. É surreal. São nuvens pretas enormes de milhares de pernilongos… Uma irresponsabilidade total”, relata um morador.

Associações de moradores da Zona Oeste estão organizando um abaixo-assinado, que já tem mais de 30 mil assinaturas, cobrando que a Prefeitura de São Paulo adote medidas para exterminar os mosquitos.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que “realiza diariamente ações de monitoramento e controle preconizadas pelo Programa de Controle do Culex no Rio Pinheiros. A Unidade de Vigilância em Saúde (UVIS) Lapa/Pinheiros tem realizado ações de fumacê para o combate aos mosquitos por meio de Ultra Volume Baixo (UBV) veicular em toda a região”.

Em uma rede social, o governador João Doria defendeu a despoluição do Rio Pinheiros. “O trabalho de despoluição do Rio Pinheiros segue a todo vapor. Não houve interrupção das obras durante a pandemia e mais de 4 mil empregos estão sendo gerados. Vamos entregá-lo limpo aos brasileiros de SP até 31 de dezembro de 2022”, afirmou.

Após as reclamações, caminhões pulverizaram as margens do Rio Pinheiros nesta segunda-feira (14).


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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