Mito da criação Iorubá através da Vovó Cici será o samba-enredo 2024 da Estrela do Terceiro Milênio

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Apresentação para o Grajaú aconteceu no domingo (4) com quadra cheia!

Apresentação para o Grajaú aconteceu no domingo (4) com quadra cheia!


Após colocar o extremo sul da capital paulista para desfilar no grupo de elite do carnaval de São Paulo, a Escola de Samba Estrela do Terceiro Milênio se reafirma como um importante fomentador sociocultural do Grajaú, divulgando, no domingo (4), o seu samba-enredo para o carnaval 2024 e celebrando o seu Jubileu de Prata (25 anos)!

Em uma área periférica com maior predominância de cultura afro, o Auditório Sabotage, no Centro Cultural Grajaú, nome ao emblemático rapper do Brooklin, que fez histórias pelas ruas de São Paulo, muito presente no Grajaú também, deu voz para o carnavalesco da Terceiro Milênio, Murilo Lobo, apresentar o samba-enredo, e que logo depois, foi apresentada para a comunidade na Quadra da Terceiro Milênio.
“Conversando com uma pessoa descobri a história desta senhora. Então tive a ideia de conversar com o Presidente, para saber se valeria narrar esta história”, disse Murilo. Que logo teve o aval do presidente Silvão, apresentando o enredo: “A Vovó Cici Conta e o Grajaú Canta: O Mito da Criação”.

Ao contar sobre o mito, Vovó fala da criação do mundo, da natureza, da participação do feminino e do masculino na criação da humanidade, e de como foi dado aos seres humanos o poder de transformar o bem em mal e o mal em bem. Além disso, ao narrar, a ebomi Cici, inclui lendas africanas, músicas, cantigas e orikis (orações) que também explicam sobre tudo que conhecemos. “Hoje sabe-se que o ponto inicial da história da humanidade começou na África”, conta a ebomi. Sendo assim, conclui-se que a cultura, a mitologia e a religião africana são saberes de tempos antiquíssimos, anteriores às demais religiões e, que só por este aspecto, já merecem respeito.

Carioca de nascença e soteropolitana de coração, Vovó Cici é cidadã oficial reconhecida pela prefeitura de Salvador. Tem 51 anos dedicados à religião Candomblé. Trabalha com crianças e pesquisadores na Fundação Pierre Verger, em Salvador – BA, com contações de histórias e palestras sobre diversos temas da cultura afro-brasileira. Trabalhou ajudando o antropólogo e fotógrafo francês, Pierre Verger, legendando mais de 11 mil fotografias ligadas à cultura afro-brasileira e em países africanos.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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