De acordo com a pesquisa “Calçada Cilada”, realizada pelo Instituto Corrida Amiga, a capital contabiliza 71 calçadas ruins perto de unidades de Saúde e 55 calçadas também ruins próximo a escolas. Os principais bairros denunciados pela população são: Cidade Ademar, Interlagos, Jabaquara, Vila Mariana, Pedreira, Itaim Bibi, Campo Limpo, Santo Amaro e Capão Redondo
Irregularidades de altura, buracos, postes, lixo, muros caídos, árvores com galhos enormes… é isso que a população encontra em muitas calçadas da cidade. Em muitas ruas de São Paulo, a calçada é tão estreita que o pedestre tem que caminhar pela rua, disputando espaço com carros e ônibus e correndo o risco de ser atropelado.
De acordo com a pesquisa “Calçada Cilada”, realizada pelo Instituto Corrida Amiga, o Estado de São Paulo tem 352 calçadas em más condições ao redor de escolas e unidades de saúde.
Desse total, 136 calçadas ruins estão localizadas nas proximidades de equipamentos de saúde e 103 calçadas também ruins estão perto de equipamentos de ensino na Região Metropolitana de São Paulo.
A capital contabiliza 71 calçadas ruins perto de unidades de Saúde e 55 calçadas também ruins próximo a escolas. O mapa com os endereços está disponível em: https://cutt.ly/hd8q1zE
Na Zona Sul há calçadas ruins, perto de unidades de saúde, nos bairros de Americanópolis, Cidade Ademar, Interlagos, Jabaquara, Parelheiros, Vila Mariana, Pedreira, Itaim Bibi e Campo Limpo.
E há calçadas ruins, perto de unidades de ensino, nos bairros do Jabaquara, Guarapiranga, Cidade Ademar, Santo Amaro, Campo Grande, Cidade Dutra e Capão Redondo.
Segundo o Instituto Corrida Amiga, “no Brasil, dois terços dos deslocamentos diários da população são realizados a pé, de bicicleta e/ou de transporte público coletivo. A maioria das vias não dispõe de calçadas adequadas, que respeitem a norma de 1,2 metro de faixa livre para pedestres”.
“De que forma quem precisa se deslocar pode manter distanciamento seguro com calçadas tão estreitas e inacessíveis?”, questiona a gestora ambiental e diretora da Corrida Amiga, Silvia Stuchi.
Para 80% dos que responderam à pesquisa do Instituto Corrida Amiga, o principal problema são as calçadas irregulares e estreitas, com buracos e obstruídas; para 31%, o problema é a falta de segurança pública, que causa assédios e assaltos; outros 27% acreditam que o problema é a falta de segurança viária, causada pela alta velocidade dos veículos e travessias perigosas; e 23% reclamam da falta de acessibilidade com a inexistência de rampas, piso tátil e semáforos sonoros.
ESTATUTO DO PEDESTRE
No Dia Mundial do Pedestre, em 8 de agosto, a Prefeitura de São Paulo criou o Estatuto do Pedestre, regulamentado pela Lei Municipal nº 16.673, de 13 de junho de 2017.
No Estatuto, estão previstas ações de melhorias nas calçadas da cidade, além dos direitos e deveres dos pedestres. “O texto estrutura uma rede básica de mobilidade a pé, que abrange a requalificação de espaços de pedestres, como calçadas e faixas de travessia, bem como a instalação de elementos de sinalização e mobiliário urbano, como pisos táteis e iluminação com foco nos pedestres”, informa a Prefeitura.
FALE COM A REDAÇÃO: reportagem@gruposulnews.com.br