O protesto pacífico foi organizado pela Frente Antifacista e Antirracista da Zona Sul e pedia o fim da desigualdade social, do facismo e do racismo. Os manifestantes caminharam do Largo 13 de Maio até a estátua do Borba Gato, na Av. Santo Amaro, que tem sido alvo de protestos nas redes sociais por causa da história de exploração do bandeirante
No último sábado (4), cerca de 100 pessoas fizeram uma manifestação em Santo Amaro contra o racismo e o presidente Jair Bolsonaro. Munidos de cartazes e faixas, os manifestantes pediam o fim da opressão aos povos originários, o fim da desigualdade social e o fim do facismo.
O protesto pacífico foi organizado pela Frente Antifacista e Antirracista da Zona Sul em parceria com partidos políticos e movimentos populares.
“Derrubar o Governo Bolsonaro, hoje, é uma necessidade da classe trabalhadora e da juventude para poder sobreviver, em relação a pandemia, aos direitos trabalhistas e as necessidades econômicas”, disse o professor João Batista, que participou do protesto.
“Eu tô aqui hoje pra combater o nosso governo facista que mata a população negra, que mata a população que depende do SUS, que mata a população que depende das políticas públicas, pra defender um Brasil mais inclusivo e que tenha mais oportunidade pra todas as pessoas”, disse a coordenadora da União da Juventude Socialista da Zona Sul, Ana Luisa.
Os manifestantes caminharam do Largo 13 de Maio até a estátua do Borba Gato, na Av. Santo Amaro. Desde junho a estátua tem sido motivo de reclamações nas redes sociais, por causa da história do bandeirante Borba Gato: registros históricos relatam que Borba Gato, ao buscar ouro e riquezas em terras paulistas, foi o provocador da destruição de quilombos e aldeias indígenas, ocasionando a morte de muitas pessoas.
Até um projeto de lei foi criado, pela deputada estadual Erica Malunguinho, para “proibir, em todo o Estado de São Paulo, homenagens a escravocratas e a eventos históricos ligados ao exercício da prática escravista no Brasil”.
O apelo popular para a derrubada do Borba Gato começou depois que a estátua de um traficante de escravos foi derrubada na Inglaterra, em 7 de junho deste ano, durante um protesto pelo fim do genocídio do povo negro e contra a morte de George Floyd, um homem negro que morreu asfixiado por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos, no dia 25 de maio.
Apesar da manifestação terminar em frente à estátua, ninguém pôde se aproximar porque o ícone do bairro está cercado por guardas metropolitanos desde o dia 11 de junho.
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