Justiça Federal aceita pedido da Prefeitura e suspende prorrogação antecipada do contrato da Enel

0
25
Justiça Federal determinou Análises de Impacto Regulatório (AIR) - Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

Decisão obriga União e Aneel a avaliarem alternativas de concessão que garantam eficiência, tarifas equilibradas e serviços de melhor qualidade à população

A Justiça Federal atendeu ao pedido da Prefeitura de São Paulo e determinou a suspensão imediata do processo administrativo de prorrogação antecipada do contrato de concessão da Enel, responsável pela distribuição de energia elétrica na capital. A Prefeitura entrou com a ação para impedir prorrogação antecipada do contrato pela concessionária após sucessivos episódios de falhas no fornecimento de energia e deficiências no atendimento à população. No processo, a Procuradoria Geral do Município de São Paulo (PGM/SP) apontou irregularidades na prestação do serviço e na condução do procedimento de prorrogação antecipada do contrato.

Na decisão, a Justiça Federal determinou que a União, com o apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), realize Análises de Impacto Regulatório (AIR) para avaliar cenários alternativos de concessão, considerando eficiência, modicidade tarifária, ou seja, mantendo o equilíbrio entre qualidade, sustentabilidade financeira e preço justo ao usuário, modernização da infraestrutura e qualidade do serviço prestado.

Além disso, também apontou infrações e deficiências na prestação do serviço pela concessionária e impôs uma série de obrigações à empresa.

O juiz determinou, ainda, que a ANEEL acrescente nessa avaliação critérios como o tempo médio de atendimento a emergências (TMAE); o indicador de nível de serviços (INS); índice de satisfação ao consumidor (IASC); e a duração da interrupção individual do serviço em dia crítico (DICRI).

Para a procuradora-geral do município, Luciana Nardi, a atuação da PGM busca assegurar que o interesse público e a continuidade dos serviços essenciais estejam sempre em primeiro lugar. “A decisão reforça a importância de garantir transparência, eficiência e segurança no fornecimento de energia elétrica à população paulistana”, afirmou. Segundo a PGM, uma renovação automática sem ajustes desconsidera falhas já reconhecidas pela população e por órgãos fiscalizadores.

A decisão é uma resposta à petição apresentada pela PGM no fim de setembro, dentro da Ação Civil Pública que o Município move desde agosto na Justiça Federal contra a Enel, a União e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em razão dos novos problemas de falta de energia registrados na cidade.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.