Janeiro Roxo: Conheça a Casa de Alice Tibiriçá, que oferece apoio social às pessoas com hanseníase

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Serviço do Sefras realizou mais de 300 atendimentos para pessoas com hanseníase em 2022


Com o intuito de conscientizar a população acerca de uma doença que segue acometendo pessoas todos os anos, o janeiro roxo traz a oportunidade de mitigar os estigmas que cercam a hanseníase. Segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (2022), entre os anos de 2016 e 2020 foram diagnosticados 155.359 novos casos no Brasil, segundo país no ranking mundial em número de casos – atrás da Índia. Embora a luta seja constante, o mês reserva ao menos duas oportunidades à visibilidade do tema: o Dia Mundial contra a Hanseníase (último domingo do mês) e o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (31 de janeiro).

Afetando principalmente a pele, os nervos, a mucosa do trato respiratório e olhos, a doença infectocontagiosa tem alto potencial incapacitante, tendo em vista o poder de penetração do Mycobacterium leprae nas células nervosas. Comumente identificada por lesões na pele (como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, ressecamento e perda de sensibilidade local), a hanseníase é contagiosa e pode apresentar múltiplas manifestações clínicas. O intervalo entre contágio e o surgimento dos primeiros sintomas costuma ser de 2 a 5 anos, mas existem casos em que a doença se manifesta em poucos meses ou até 10 anos depois. O Sefras – Ação Social Franciscana possui ações voltadas para este público e, em 2022, realizou mais de 300 atendimentos.

Desde que assumiu a Casa de Alice Tibiriçá no final de 2019, a instituição se pauta pelo combate e eliminação da doença no país, dentro da perspectiva franciscana de solidariedade e compromisso com os menos favorecidos. “É muito importante reforçarmos essa discussão em janeiro com o intuito de fortalecê-la ao longo de todo o ano. Só o conhecimento pode minimizar os impactos negativos da doença. Enquanto muitos acreditam na erradicação (em função da troca de nome), há quem também não saiba que essa é uma doença curável e que, assim como em outras patologias, o diagnóstico precoce associado ao tratamento adequado pode evitar deformidades nas mãos e pés e, casos mais graves, a cegueira”, pontua o Frei José Francisco, diretor presidente do Sefras.
A Casa de Alice Tibiriçá fica localizada no Ipiranga (R. Bom Pastor, 1914).


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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