Em 2 de outubro de 1970, a Gazeta de Santo Amaro publicou a manchete de capa: “UM TRISTE BAIRRO NESTA FOTO”, sobre uma construção na esquina das ruas Herculano de Freitas e Barão de Duprat.
“Cercado por um jardim de papel velho sobre a terra nus, o único sanitário público do centro de Santo Amaro não justifica mais sua existência necessária. Por falta contínua de conservação, tornou-se decadente e foi interditado. Agora, é só abandono: onde a grama, papéis velhos; onde a pintura, a poeira; onde os sanitários e azulejos, cacos; onde a entrada, a barreira da porta; onde o uso, a interdição. Das reclamações chegadas à redação, enviadas constantemente por moradores e comerciantes do local, é a síntese. Dizem que a passagem desagradável do sanitário público abriga cenas deprimentes das rodas de marginais e prostitutas. Afirmam que muitos mendigos fazem ali a sua morada e de noite, acendem bandeiras para abrandar o frio. Os comerciantes estão insatisfeitos. Os usuários milhares, dos coletivos que fazem na Herculano de Freitas ponto final, também. E reivindicam do poder público, providências”.
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