Grajaú concentra maioria das mães adolescentes da periferia de SP, revela análise da Unicef

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Em 2012, cerca de 52% das meninas entre 15 e 19 anos tiveram bebês e, em 2017, esse número subiu para 62% em SP, sendo que, no Grajaú foram quase 1.000 bebês nascidos de mães nessa faixa etária

 

Os 10 distritos com os piores índices de São Paulo registraram, em 2009, cerca de 25% de bebês nascidos de mães adolescentes. A região do Grajaú chegou na primeira posição deste ranking em 2017 com quase 1.000 bebês nascidos de meninas com idade entre 15 e 19 anos. Entre 2009 e 2017, essa porcentagem subiu para 31%.
A informação faz parte de uma análise do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que usou dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Prefeitura, e revela um aumento na probabilidade de adolescentes, da cidade de São Paulo, se tornarem mães.
Em 2012, cerca de 52% das meninas de 15 a 19 anos tiveram bebês e, em 2017, esse número subiu para 62%. Apesar do número absoluto estar em queda na capital, a maioria dos casos estão concentrados nas periferias. A análise, entre 2012 e 2017, registra também que a maioria das meninas são negras.
O ranking, com números de 2017, mostra ainda que, meninas entre 15 a 19 anos tiveram 856 bebês no Jardim Ângela, 758 na Brasilândia, 608 no Capão Redondo, 589 na Cidade Tiradentes, 523 no Itaim Paulista, 457 em Parelheiros, 353 em Iguatemi, 329 em São Rafael e 233 em São Miguel Paulista.
O Grajaú também é o primeiro da lista dos bairros com mais filas em creches na cidade de São Paulo, registrando mais de 2 mil crianças nessa situação, conforme dados divulgados pela Secretaria Municipal de Educação.
Dos 96 distritos da capital paulista, 10 deles concentram 44% das mais de 34 mil crianças que esperam por uma vaga. Cerca de oito desses distritos são da Zona Sul, além do Grajaú: Jardim Ângela, Jardim São Luís, Cidade Ademar, Campo Limpo, Capão Redondo, Pedreira e Parelheiros.

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