Segundo Ministro da Infraestrutura, a ideia é privatizar todos os aeroportos administrados pela Infraero
O Aeroporto de Congonhas pode ser privatizado a partir de 2021, “no mais tardar em 2022”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Além de Congonhas, o Governo Federal pretende privatizar todos os aeroportos administrados pela Infraero, que passará a cuidar de voos regionais.
“Já fizemos 12 leilões de aeroportos. Houve interesse da iniciativa privada. Em outubro, vamos fazer um leilão de 22 aeroportos. E, depois, mais um leilão de outros 22 aeroportos, incluindo Santos Dumont [no Rio de Janeiro] e Congonhas”, disse o ministro.
Em março, o leilão de 12 aeroportos (das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste) gerou um lucro de R$ 2,377 bilhões para o Governo, que havia estabelecido um lance mínimo de R$ 218 milhões.
Para Tarcísio Gomes de Freitas, a política Céus Abertos, em que empresas estrangeiras podem operar no Brasil sem limitação de capital nacional, vai atrair a concorrência no país. “Tivemos uma vitória que vai impulsionar o mercado de aviação que é o capital estrangeiro. Depois da Air Europa, tem mais três ou quatro empresas estrangeiras interessadas em vir para o Brasil”, explicou.
HORÁRIOS DE VOOS EM CONGONHAS
Até 7 de julho fica aberta a consulta pública que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) criou para saber a opinião dos interessados em ocupar os horários de voos que pertenciam a Avianca. A empresa aérea passa por uma recuperação judicial desde o final do ano passado e teve as operações suspensas em maio deste ano.
Nos aeroportos de Guarulhos, Santos Dumont (no RJ) e Recife, a redistribuição de horários é imediata. A consulta pública foi aberta em Congonhas por ser o aeroporto mais interessante para as empresas.
Para a Anac, há um “nível crítico de saturação e concentração de mercado” em Congonhas, portanto, a coleta de dados e sugestões vai aprofundar o estudo de redistribuição desses horários disponíveis.
